Samstag, Dezember 22, 2007

*É Natal*


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Cá estamos!
Mais um Natal ...mais um ano chegando ao fim!
E a esperança de um Novo Ano melhor, rejuvenece, abrilhantando olhares.

Aquecendo as noites longas e frias, nesta época.

E tantas vezes esquecemos, esta vida privilegiada que temos, tomando-a, vivendo-a ..esquecendo de agradecer por todos os dias, pela bondade, abundância e comodidades.

(A mim faltam-me vidas, para agradecer)

Porque há outros ...que apenas sonham com metade do que nós temos.Nem casa, nem familia, nem que comer.
E outros ..enfim, outros que tudo têm e não o valorizam.
Nem familia, nem amigos, nem o carinho. Apenas o material!

De Alma ...
Desejo a todos tudo de bom!
Que todos os sonhos se tornem realidade.


Bem Hajam!





*Boas Festas*






Donnerstag, November 15, 2007

“Forasteira“



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Chegam-me os dias como vésperas do ontem.
Quando te estendia as mãos,
como barco perdido em alto-mar,
Buscando uma torre,

Um farol!
Uma luz-guia no teu olhar!

Secretas eram as portas, abertas ao teu encontro!

E o tempo pleno de magia, passou!
Secaram as palavras.
Despidas de ternura e melodias.

Hoje sou toda eu, Alma calada.
Numa vida que não é minha.
Num mundo desconhecido.
Casa visitada por silêncios,
Paredes caídas.
Destroços espalhados,
entre ervas daninhas e serpentes.

Recolho-me na mudez.
E guardo a custo todas as loucuras que não vivi,
E os verbos costuro-os a linha grossa,
Na assimetria da dor que me dói.
Nua!

Dienstag, November 13, 2007

November Rain



„Na morte de todos que já partiram ...
Está sempre um pouquinho da nossa!“




me
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Li esta frase algures, numa das minhas visitas pela net.
Assim me sinto desde que partiste!
Desenraizada!!

E morro tantas vezes por dia quando sinto tua presença abraçando-me.
Invadindo todos os cantos da minha memória!
E embora te saiba comigo a todos os instantes, protegendo-me e mimando,
E apesar dos anos ...sinto a tua falta, pungente de saudade infinita.

Comprei-te açucenas brancas!
E no silêncio, sorriste-me.

Pensei que este ano que começara morno, e bonito;
Poderia tornar-se suportável o encontro inevitável com o Novembro.
Este é tão frio e vazio, como o de há 10 anos.

Sabes ...

Sinto-me imensamente orfã e só!

Montag, November 05, 2007

Schiu ...Abraça-me.


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Na melodia de teus braços, procuro alento,
Força e Sossego!
No teu ombro descanso o olhar cansado.
Lasso!

Fica assim!
Assim, por favor ...mais uns instantes!
Aquieta-me!

Embriaga-me de carinho,
rosas vermelhas, música e lírios.
Que tuas mãos, enlacem o caminho.
Avivando no corpo, o fogo,
inspirando a onda seca,
E o desmaiado dos sentidos.

Acaricia-me aquando eu,
gemido dolente, bruxuleante,
me dilua em teu sangue,
e minha alma se evapore,
No calor do teu peito!

Depois ...
Livre!
Serei apenas afago!
Mãos plenas,
desenhadas na tua eternidade!


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Montag, Oktober 15, 2007

Desesperança











Ausente de mim, parti sem despedidas ansiosas ou lágrimas esquivas.
Tremeluzem nas mãos abertas, céus insossos de estrelas, repletos de vazios!
Transbordam de tempestades, os olhos, diluvio de emoções,
escoam rios, gotejando meses de exaustão.
Um agrapar improfícuo, frustrante, esperança seca, pálida!
Ramo pendente, fustigado na tormenta de sentir, vácuo de uma ilusão.
Corpo calcinado, mapa flagelado, de uma terra distante.
Devastado por equívocos!
Alongo o braço, estendo a mão e nada agarro.
Tudo escapa por entre os dedos.


Já não consigo ultrapassar a distância fatídica, entre o ser e estar.
Acomprida-se o caminho estreitando-se, sufocando o respiro.
Turvando a visão, a compreensão!
E nos limites dum querer sem eco, sem florido ou colorido, desfaleço!
Deixo-me escorregar no precipício, asas partidas, desaguando numa queda abismal, o fogo da alma que desmaia lentamente.
Sangrando a dor, profanando a vida no peito.
Aborto-me!

E dói o pensamento, a impotência de expressar o sentir!

E pensar que a solução ao desamor, seria,
Carinho!
Doar de pulsos abertos, sem urdiduras ou julgalmentos apressados.
Esperar resposta sincera a atitudes ilógicas.
Perdoar foi o lema sólido que sempre embalou as dores aguçadas que tantas vezes me rasgaram, cortando a pele, tatuando o ser.
Sinto-me esgotada, mutilada!
Cansada!

Mas não chego a lugar nenhum, neste passo impulsivo!
De querer, de poder entender!

Mas também, não quero sair desta modorra!
Fico neste canto escuro, morno, insciente do momento que já passou.
Inane ..beirando o nada, precipitando num mundo estranho, longínquo de mim.
Além alma, além dor.
Anestesiada!

Quero a aconchegar-me, as minhas memórias pelos ombros, mesmo que esfarrapadas, remendadas, são refúgios para os sentidos.
E hoje ..necessito-o!


Sonntag, Oktober 07, 2007

„Colar de ternuras“


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Se eu morrer amanhã ...
Não me lamentarei, pois a morte não temo!
Receio sim o arrastar da vida.

O sobreviver, sem sonhos, ou horizontes.
O cruzar de braços, não tentar!
O viver sem Norte.
Sem estrela guia!
Sem porto seguro, ou segura moradia!

Se eu morrer amanhã!
Não levarei comigo lágrimas
Nem desgostos, desilusões ou esforços.

Tudo deixo na terra, aprofundado,
junto ao corpo, semeado.
O desprezo nos teus olhos,
O silêncio acurralado,
E as palavras caladas.
Inconstantes!


(Antes da chuva chegar:
Hão-de florescer,nos teus lábios;
lindos e brancos Lótus
Iluminando teu escurecer.)


Levarei no meu peito, da partida a saudade.
O coração descerrado, o perdão, o desculpado.
Do amar imensurável,
Do sentir sempre alado!
O desejo, o respeito ...
Da luta pelo exacto!

Por valores sempre mais altos!

Se eu morrer amanhã ...
Cicatrices, purpurarão as madrugadas,
Em bordados transparentes.
Frágeis auroras, aveludadas,
De maresias prateadas,
Fios de uma lua ausente!


E se eu morrer amanhã!!
No pescoço, a adornar, quero levar,
O colar!
O de fogo, o do altar.
Com ele o seio proteger e abrigar,
O arcano indecifrável.
De te amar!

Samstag, Oktober 06, 2007

Indulto







Porque a vida, tanta em mim, é tua!
No corpo um desassossego,
Um pronúncio de chuvas,
De asas novas.
Um inundar de sentir.
Extravaso-me!
Em ti!

Tenho-te em mim
Como uma promessa transbordante.
Uma alegre embriaguez.
Reinvento-me
Aprendendo-te.

E tu ensinas-me a amar,
Sem certezas,
Sem razões.
Apenas amar-te, incondicional!
Nua!
Tua!

Seguro-te na mão,
Entrego-me morna, fêmea.
E no faminto tempo ...
Visto-me das memórias,
Acalento a espera
Do teu beijo no silêncio do vento.

Espero-te!
De braços fecundos de horas e dias
Que serão só nossos.
Com alma prenhe de um Amor maior.



Samstag, September 15, 2007

„Noite de Tormenta!“



Hoje não me apetece poesia, nem palavras bonitas e mornas.
Apetece-me guerrear, correr aos berros pelas ruas.
Erguer espadas!
Gritar!


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Agarrar algumas pessoas pelos fundilhos e sacudi-las,
extrair olhos e soprar-lhes na alma.
Abrir peitos a murro,
de certos pavões-Homens, orgulhosos, egoístas e egocêntricos.
Arrancar-lhes à dentada o coração-pedra de dentro e mostrar-lhes que o viver é outra coisa.

Incutir-lhes, tatuando a fogo e sangue frio, na pele, que esta vida é de todos!
Que se vivemos hoje com tanta gente ao redor é por alguma razão.
E certamente não é para andarmos pelas ruas de olhos fechados, sentindo-nos orgulhosamente únicos!
Pedantes!


Bradar aos surdos de olhares, que vale a pena estender a mão!
Ajudar quem necessita, por vezes, apenas com um pouco do nosso tempo,
uma palavra meiga,
um simples gesto de conforto.
Que não se é menos Homem por um pouco de humildade e nobreza!
Solidariedade!
Amizade!

Sentir que vivemos e não apenas vegetamos num mundinho perfeito de faz de conta.
Esterilizado!
Organizado!
Equilibrado!

Fingindo que somos honrados, justos!
Sinceros!
Puros de alma, amigo de seus amigos.
Balelas!
Tretas!
Mentiras!

Estamos aqui de passagem!
O Amanhã pode não chegar!
E o Agora ...passou!

Basta!

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Sinto-me cansada!
Alquebrada ...de confiar, de acarinhar,
de desculpar uma, outra e outra vez, quem não merece!

Não consegui conciliar o sono, dormi malissímo,
por culpa minha, apenas!
Por idiotia!
Por ser assim, tão estupidamente confiante ...em quem gosto!

Por entregar-me sem reservas, ficando à mercê da mesquinhez e pequenez de tantos!
Por deixar a raiva apoderar-se da alma, como ave de rapina, roubando-me o sossego da noite.
Hei-de arrancar-te da alma!

E no entanto, agora mais calma,
Mais eu.
Sem nenhuma contrição!
Sem pesar ou arrependimento,
de ser e sentir como sinto!
Eu!
Diferente!
Alada!

Donnerstag, September 13, 2007

Desencontros!



Foram teus lábios ...
Que colmaram de quietudes,
Meus momentos!
E sussurraram ao ouvido,
Que tu e eu,
Nos encontremos!

Que nos amemos nesta vida,
como em todas que já vivemos!

Foram teus beijos ...
Que despertaram a mulher que levo dentro.
Atearam fogueiras, na pele, a fogo-lento.
Reavivando, aquecendo, a paixão,
Apesar do Tempo!

Nas tuas mãos ...
Aprisionas a Memória!
Acorrentas entre teus dedos,
Todos os sonhos, esperanças e momentos.

Manchas de medo, egoismo e receio.
Quebrando as asas dum destino por viver.
Sangra de Amor
O coração da nossa história!

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Por amar-te,
Livre ..deixo-te ir!

Samstag, September 08, 2007

*Parabéns*







E aqui estamos, festejando mais um ano de partilha.
Três anitos!

O meu carinho a todos.
Aos silenciosos!
A quem sempre deixa um miminho
E ...a quem me inspira!



*Blessed Be*

Donnerstag, September 06, 2007

„Mariposeando“






Foi deitar cedo, como há séculos não o fazia.
De repente um cansaço pendia-lhe dos olhos ...e a alma fugia-lhe do corpo, ausente, percorrendo espaços, querendo correr para outros mundos.

Tateou olhares na penumbra de um sorriso
Que adormecia a noite num sopro de brisa frágil.


Alguém a chamava, murmurava seu nome!
Não se ouviam passos, nem respiração, apenas a sensação de estar noutro lado, leve, suave ..
Algures num lugar que dispensa a visão.
Na antecâmara entre sonho e realidade.

Sentia a pele tremula de afagos.
coberta de rendas, tecidas de segredos e pó de estrelas.

Num eco de música, fragmentado de goles de silêncio,
mariposeava-se, adentrando-se, além de si.
Longe ...
Na outra margem.

E há uma ponte de teias douradas,
entre os dois mundos.
A essência.


Anjos de enormes asas mornas,
chegaram, resgatando-la ...
dum obituário sentir.
Desistir!

De lá ...
Trouxe beijos nas pontas dos dedos,
e nos lábios, um poema antigo,
como se as palavras estivessem penduradas na fria manhã.


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Acordou com um véu de fadas no olhar e ...
nas veias a sede de Amar.




Mittwoch, September 05, 2007

Rasgando (Me)






Meus sentimentos são selvagens cavalos alados.
De longas e brancas crinas,
dançam ao vento, num galopar desenfreado.

Sem rumo definido ou traçado ...
Vivo-os!
Ao rubro.
Amando!

De ti me rasgo e dispo.
Re-invento.
Me despeço.
Re-vivo!

Indomável,
Existo!

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Alma livre,
Permaneço!



Donnerstag, August 30, 2007

Catedral de Essências


Quando te sinto perto,
Sou pássaro em chamas,
Pousando mansa, estuando,
Na espera do toque dos teus olhos!

E tudo faz sentido,
No mar intenso dos teus lábios,
Onde mergulho e me esqueço.

Sou sorriso ancorado,
Na planicie almiscarada do teu peito,
Porto seguro, meu aconchego!

Na circunscrição dos teus braços,
Abraço-árvore, arraigado nos Tempos.
Sou portal a outros mundos.
Descerrando sentimentos!

E no intervalo das tuas pernas, meu Homem
Sou Alma em equilibrio!
Florescendo!

Quando tu estás, meu amor ...
A vida deita-se na minha cama,
E perfuma de brancos salmos,
Silenciosos, cantados pelos teus dedos.












Olha-me!

Mittwoch, August 29, 2007

Sangrando Amor


Passam os dias, arrastando os meses,
Tornando momentos numa eternidade dolorosa.

E o tempo, escoa lento.
Longe do teu toque,
Minha pele desveste-se do que foi,
Não vibra, não sente.

Cobre-se da ordinariedade do quotidiano,
De um qualquer amargo analgésico.
Veste-se do que não sou,
De um torpor nublado.
Num gotejar aziago.
Sobrevivo!
Relembrando ...

Tempestades rasgam o céu.
E o trovão sussurra,
Difamando teu caracter,
Ofuscando teu nome.
Contam-me histórias da tua arrepsia!

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E depois ...um dia vens!
E na minha carne ...
Abrem-se feridas em rosa,
Oferencendo-te pétalas de chagas nascidas
Sob a pele falsa que me esconde.

Por instantes, sentindo-te ...
Sou nova, reinventada.
Como se naquele momento,
Nascesse ao teu perto sentir.
E florescesse num ápice, outra eu.

Depois ...vais embora,
E o ciclo repete-se.
Deixando-me seca, outunal.
Maltrapilha de mim!


Dienstag, August 21, 2007

Dienstag, Juli 24, 2007

“Pele de Outono”







Se o sol te perguntar por mim;
Diz-lhe que fui com o vento,
Que me perdi entre as folhas.
Que procuro o rumo, o prumo,
O Céu!

Não sei até onde me levará este voo-gaivota,
Se por tuas praias, ou se, num chão-mar de solidão.

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E o que sinto é imenso, grande ...
De tão intenso que dói lento, grave!
E mesmo que fosse agudo, seria surdescente.
Corroendo-me os olhos,
sufocando meus lábios.

Este sentir, tem nome, amor ...
E um gosto amargo a nada em cada suspiro.
Encerrando-me em pele de outono,
Esperando a primavera de ti!



Montag, Juli 16, 2007

Fado







Emudeci como as pedras
Num silêncio de queixumes
Em mãos de guitarras caladas!
Gemidos leves, ternuras,
Xaile de franjas rasgadas.


Enxugo os sentidos,
O querer maior,
A imensidade de um carinho
ténue e inutil labareda, agora,
agitada num sopro de vento sem brio,
Já desmaiado!

Lacrei palavras e sílabas,
embaulei-as fundo, ocultas
No sigilo profundo de cinzas,
seladas em lagoas saudosistas!

Esperando-Te!







(Lentamente voltando ao normal, quase recuperada, re-aprendendo os movimentos. Beijoca a todos)

Samstag, Juli 07, 2007





Como alguns de vcs sabem, há um mês (ou mais) que estou lesionada do braço direito.
Juntando as dores, a imobilidade completa do dito, os testes e mais testes e ainda as testas franzidas dos doctores, tudo tem contribuido a este sentir menos bem, fisica e psicologicamente.

Quero agradecer o carinho e o apoio e desculpem a falta de resposta aos comentários deixados.(Obrigada)


Abraço meigo.
Bom fim de semana.

Samstag, Juni 30, 2007

"Estendal de Esperânças"



Re-invento o amar,
Mareando o sentido,
Encrostado no fundo dos olhos.
Aprendi-me,
Amando-te!

Decifro a palavra tua,
Matizada dum verde velho,
Digital impressão do muito
Que me habita.

Adivinho-te no vento,
Num leito de pele,
No invisivel rasto que ficou,
No olhar,no peito...

e num ventre de esperânças!

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Sei-me vicejada de ternura
Lapisada de ausências!
Estás aqui, perto ..
E a minha saudade,
Faz companhia à tua!

No caminho das incertezas,
E silêncios ...
Não há poema no mundo

Que me pertença, ou
Descreva!





Donnerstag, Juni 28, 2007

Sopro






Ofereci meus paradoxos,
Minhas intersecções,
Plexos e senãos!

Esculpi arestas,
Transparências abstratas,
Fendas e meandros.

Fiz versos submersos!
Engendrei palavras surdas.
Em braille, redigi da alma,
A pele.
O ser e querer.
Do adentro!

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Sou de mudez e quietudes,
De bordados e sussurros.
Narro-me cuidadosa e mansa.
Timida!

Do umbigo de tudo, e das costuras
que me alinhavam,
me prendem e enredam.
Rasgo!
Escapo!
Sonho!

Encontro-me, no âmago vibrante
Dum cristal rubente!
Enfim ...
Resgatada!



Mittwoch, Juni 27, 2007

Cuidar-te a alma







Desvanece na tarde a lembrança
Dilui-se entre nuvens agrestes
Degradando no céu,
O sol, e o verão fugidio.

Agonizam os dias,
Na espera do estio.
Do vermelho vivo,
Amante!
Quente!

Lânguido, o tempo;
Profecia tempestadas em mar-peito,
Álveo dum rio.
Leito!

Doce, doce ...este cântico!
Apascenta-se a alma em litanias,
No regaço da lua
e no silêncio da noite,
serena ...
Entressonho-te!

Sonntag, Juni 24, 2007







Pega-me tu no colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

(O Guardador de Rebanhos
Alberto Caeiro)

Samstag, Juni 23, 2007

Frêmito…


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Frêmito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doído anseio dos meus braços a abraçar-te,

Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos, amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e a farte!

E vejo-te tão longe! Sinto tua alma
Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que não me amas…

E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas…

(Florbela Espanca - A mensageira das violetas)


Fim de semana lindíssimo a todos

Freitag, Juni 15, 2007








*Bom fim de semana*

(Beijo meigo)

Dienstag, Juni 12, 2007

Efemeridades


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Um dia tive um sonho!
Possuía beleza, misticismo, magia.
O costume dos sonhos!
Bonito!

Falava-me horas e horas ao ouvido,
Contava-me histórias, vivências.
Compartia comigo pequenos detalhes,
Que fazem o caminho-vida, intenso!


Pouco a pouco, foi-se dando a conhecer,
Ternurento, impulsivo,
Meigo, orgulhoso ...

E eu .. Lentamente,
E sem dar por isso,
Doei-lhe a alma,
A essência,
A minha verdade!
Sem segredos.
Autêntica!

Suaves e doces eram suas palavras,
acendiam-me estrelas nos olhos,
A voz melodiosa e perfumada,
inventava-me fogueiras na pele.
E eu ...encantada,
Sonhava!

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Passaram-se semanas, meses ...
tantos momentos bons, lado a lado,
mão na mão.
Mais pareciam outros sonhos, sonhados
De outras Vidas, antes vividas!

Partilhámos um mesmo sono,
O mesmo espaço, a mesma vontade,
A mesma fé!

Era o meu sonho, era ele que me fazia sorrir, gargalhar.
Enfim ..a mesma utopia!

Um dia, o sonho chegou perto, mais perto ...
Ficou nas minhas mãos, aninhado.
Com voz branda e melosa, perguntou:
“-Serias capaz de lutar por mim?”
Sem muito pensar, disse-lhe:
“ -Sim!”

E o sonho cresceu, tornou-se grande ...
Dançava nas páginas dos livros,
Escrevia poesia,
Enfeitava o jardim de cores e flores,
Maroto, escondia-se nos cantos da casa.
Juntos, cantarolavamos músicas preferidas.

Noutros dias, sem aviso
Disfarçava-se de pesadelo,
E ...brincando, sorria!
Traquino, fazia birra quando não lhe ligava.
E beiço quando me zangava!

Tornou-se tão grande, tão imenso.
E eu ...confiava!

A cada percalço, fortalecia!
A cada barreira, engrandecia!

Cresceu tanto que conseguiu tocar a Realidade.
Nesse dia ...
Magoou-me!
Feriu-me!
E o sonho morria!

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Montag, Juni 11, 2007


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"Nunca digas 'amo-te' se não te interessa.
Nunca fales sobre sentimentos,
se estes não existem!
Nunca toques numa vida,
se não pretendes romper um coração.
Nunca olhes nos olhos de alguém,
se não quiseres vê-los chorar por ti!
A coisa mais cruel que se pode fazer,
é permitir que alguém se apaixone por ti,
quando tu não pretendes fazer o mesmo."


(Mário Quintana)

*Namastê*



Mulher-alma, tatuada de sol e carinho
Pele ébano, canela e mel.
Abraça a vida numa dança ritual
Nos olhos a magia do Tempo agreste.
No ventre as esperanças,procriando sorrisos!

(Pelo carinho, meiguice, abraço e tudo, e tudo.
Sem palavras)

E ...

Tu, mulher-menina ...
De alma amadurada de dissabores.
Num caminho desgarrado pela desilusão,
Perdida na imensidão dum sentir grande.
Foste luz no escuro.
Mão, segurando firme na minha!
Paz no desassossego!

(Pelo delicioso almoço sabor a mãe, pela ternura,
as gargalhadas e tanto, tanto)


Perdoem o meu estar ausente ...
Agreste, rude.
Perdoem!





E se o destino se demorar ...
E não cruzar as nossas linhas.
E o abraço, for apenas...
palavra,sentida na distância...
Eu não olvido!

Sempre que o sol explodir em mil raios
Aquecendo meu rosto,
E a lua ilumine a noite, guiando meus passos
E eu possa assim, bordar caminhos
entrelaçando magia e quereres.

Não haverá limites,
Nem fronteiras,
Nem forças ou poderes
capazes de reter ...
a Alma e o Sentir!

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Mittwoch, Juni 06, 2007

Imortal Acalanto





Faltou-me o chão,
E as pernas adormeceram, aturdindo os sentidos.

No estomago, habitavam vazios.
E nas pupilas a fome de invisivéis!
A boca, desértica de sabores,
e vontades!
A alma ...esperava nua,
à beira-limbo,
Em vésperas do ontem!

Na imensidão do peito,
Espalhou-se o rubro da saudade!

Madrugadas pariram noites,
E as estrelas, tremiam de frio,
nos olhos sem segredos do amanhã!

Acolhi em mim,
o último suspiro, nacarado,
Tatuado na pele, acarminada de soluços!

Silenciaram o verbo,
Num prenuncio brutal
de encerro metálico.
Inevitável, o corte aguçado das mãos.
Sangrando lágrimas anil,
Das pontas dos dedos rasgados de esperânças.

Calaram os verdes dourados,
E esvaneço em pétalas etéreas,
Limpa!
Avessa!
Além!

Sonntag, Juni 03, 2007

Pastoreando ternuras




Esmiuçar factos e sentires seria regressar ao momento,
vivê-los nova e intensamente!
Horas excruciantes!
Melhor deixá-las atrás,
encerrar de vez o capítulo plangente.
Esquecer!
Fechar portas, sacudir a bacidez,
Arejar a alma,
Renovar o brilho no sorriso, e ...
Olhar em frente,

e deste caminhar tutorial e tumultoso;
Apreender,
Que nada acontece por acaso!
Aprende-se a conhecer-se e a conhecer os outros.
Amadurece-se!

E eu aprendi!
Aprendi que nada é gratuito.
Que não posso criar expectativas
Nem confiar em palavras e promessas soltas.
Que cada pessoa é um mundo.
Que o caminho é longo e doloroso
Até que cada Homem se pertença, se saiba!

Eu sei das delicadezas dum querer maior.
Do gostar e gostar-se!
Que o Amor e o Perdão,
Iluminam e serenam uma inteira vida.

Amar é gesto.
Ir além dos limites!
Amar ...
É entregar a alma, incondicionalmente.
Nunca desconfiar!
Não esconder palavras de afago.

E na ofensa e crueldade ..
Amar-se, amando ainda mais!
Nesta grandeza de sentir e ser,
Semear o Tempo do Eterno.

Como se a Eternidade acabasse amanhã,
E o amanhã fosse o inicio do que virá!

Porque Amar ...
É não permitir-se morrer!
Continuar vivo, no coração e na memória,
De quem nos quer bem!



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"Benção de Mar e Sol"

Encontrei o Norte ...
Num abraço colorido de saudade bonita.
Nuns olhos-céu, a paz de ser Mulher-fogo.
Magestosa humildade,
Feiticeira de jeans, feliz do reino que habita.

Em sua companhia ...
(e de alguns anjinhos da guarda)
Vi o sol, beijando o mar,
Despedindo-se do horizonte fogueado
Num pôr-de-sol magnifico!

Mais acima ..
Com a cumplicidade amistosa e o bom humor
Fui apresentada às paisagens e praias Minhotas.
A beleza, a maior ...
Sem dúvida alguma, a alegre companhia.
Com seu ar bonachão de bom ouvidor,
Contou-me segredos das ondas.
Dos múrmurios e sussuros,
das pedras vestidas de espuma, sol e sal!

Roubei ao mar as profundezas,
A revolta, espraindo no sossego da areia.
Trouxe o vento preso no cabelo,
E a brisa salgada na pele.

Ao anoitecer, adormeci serena
Com a doçura do Norte no coração,
E a ternura do Minho na palma das mãos!

Continuou assim este beato estar,
Depois de me perder ...
Tinha-me encontrado!

Voltaria de regresso ao Centro ...
Deixando atrás, um circulo fechado!


'myspace



(parte I)







Samstag, Juni 02, 2007

Avalanche de Sentires



Demonstrar alegria ..não seria dificil se não fosse por este espinho cravado na alma.
Inumando adentro,
ensombrando e entorpecendo o passar dos dias.

É dor!
É mágoa roendo aos poucos,
Desilusão entrelaçando frustação sufocante,
Acolhendo-me num abraço estreito e asfixiante!
Sinto-me perdida, a mente atrofiada,
Impossibilitada de pensar,
Anestesiada nos gestos!
Um imenso vazio, acorrenta-me os movimentos,
sentindo-me impotente perante o desconhecido.
Frente ao inevitavél, caminho sem nexo.
No peito a sensação exinani, de perca cabal.




Esvai-se a alma entre soluços,
como criança arrancada sem piedade ao seio da mãe,
desprotegida ...lateja, fragoando auxilio.

Perdi o Norte!
Toda e qualquer noção de orientação,
a razão de estar,
de sentir,
de ser!

Rodeam-me imagens impostoras numa floresta de incógnitas;
fraseadas em covardias disfarçadas de sentimentos de nobreza e valores morais!
Sentires erróneos!
A angustia aflora em força;
Corroendo sorrisos, ofuscando brilhos,
E o grito morre nas mãos vazias de esperânças mutiladas.
Recolho-me na solidão de sentires controversos,
e no sono,repouso o cansaço,
açoitado pela crueldade e rudeza dos tantos negativos aconteceres.
Entre um e outro acordar,
Fumo!

Envolta em névoa de profunda tristeza e desamparo,
assomo à rua.
Não há verdes, nem silêncios!
Nem pássaros esvoaçando o céu escondido.
Só muros altos, barrando a passagem do sol.

Num velho e sujo telhado abaixo, um gato bébé,
resolveu brincar em baixo da pequena janela deste quarto de paredes nuas,
frias e impessoais,
algures no meio duma selva de cimento.
Querendo alegrar-me o dia,
palhaceou-se, empinando-se em saltos arabescos,
controcendo-se, rebolando-se ...
e olhando-me de patitas no ar, convidando ao sorriso.
E por uns instantes ..
o mundo parou de dar voltas.
Os minutos passaram velozes e eu, ali, olhando o minusculo ser,
esqueci um pouco a solidão, e partilhei com ele a gentileza do momento,
oferecida gratuitamente ..
como só os animais sabem presentear!

São tão poucas as palavras que conheço para poder escrever,
descrevendo tudo quanto senti neste longo e interminável dia.
Qualquer adjectivo seria exíguo, circunscrito!

As horas parecem-me dias intermináveis ...uma eternidade abismal.


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Os olhos ...

são lagoas saudosas de rios dimanando na face escondida
em almofadas de uma cama estranha.
Correm, incontroláveis,
galgando margens da máscara alegre e serena que me impus.
E ainda faltam tantos dias ...
Regressar a casa, ao meu cantinho, tornou-se um objectivo constante.
Tudo que me rodeia é como uma prisão de vontades, de sentires, de actos, mas ..
Em todo estes momentos que teimam em não passar,
tenho tempo para pensar em tudo,
e em nada especial.

Penso no Mundo!
Na Vida!
Na Humanidade!
Nos Sentires!
Na palavra! Outrora, código de honra!
Nos amigos-Amigos!
Tb nos falsos, nos velhacos, nos hipócritas!
Enfim ...nas pessoas em geral.
E chegando a uma conclusão, (a minha),
quanto mais pessoas conheço mais amo os animais.
(Sem ofensa a quem merece todo o meu carinho e respeito).
Os animais ...na sua irracionalidade,
brindam carinho, amor e confiança incondicionalmente.
Estão presentes, nas boas e nas más horas.
São capazes de gestos heróicos.
Perdoam!!

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Conheci pessoas na rua que sendo desconhecidos me ofereceram ajuda,
dispondo do seu tempo de mão estendida.
Estive com “amigos” que embora ajudando, num dado momento ( e agradeço)
passaram a “batata quente” a outrem.
Despedindo-se com promessas vãs.
Esquecendo que em certos momentos de desespero,
uma palavra amiga é um pedaço de paraíso!!

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Sonntag, Mai 13, 2007

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Até um dia destes.



* Blessed Be *

Mittwoch, Mai 09, 2007

Transparências


Traí a mim mesma,
Concedendo-me mais uma vez confiar incondicionalmente.
Entreguei passado,presente.
E as expectativas de um futuro achegado.
Ofereci lembranças, ancoradas no subconsciente ...
Que pouco a pouco acostavam nos meus olhos.

Pranteei, recordando o menos bom!
A miséria humana que presenciei.
Mentes retorcidas e desleais com quem cruzei.

Conheci gente rica
Convivi com os pobres, os sem tecto
Eruditos, iletrados.
Os saudáveis ... lamentando-se à beira-vida
Moribundos ...Muemando!

Vivi o assalto em própria carne,
Tatuaram-me a pele a ferro e sangue.
Roubaram de mim, meninice,
Inocência.
Sorrisos!

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Enfrentei cara a cara a fome.
A morte!
O medo!
A distância e a solidão.
Chorei, lutei,
E venci!

Os párias da sociedade,
Não me rasgam a alma.
Não a alcançam, não lhe tocam!
Não a mancham.
Não corrompem, nem corroem meu Credo.

Enxovalha-me quem eu amo!
Os que chegam mansamente,
Baixando barreiras.
Os que chegam perto, e ficam.
Adentro!

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Sempre me esforcei,
M
anter-me fiel a mim mesma!
Sem ódios, rancores ou maldicências.
Aguentar e resistir de chama acesa,
A Fé!
A essência!

Acedi a solicitações e caprichos.
Procurei satisfazê-los de livre vontade.
Pela complacência de dar prazer.


Errei!
Fui permissiva ...até com a dor.
Assenti de alma ao léu ...
E de tanto assim agir,
Olvidei de mim,
Imensamente.

Dienstag, Mai 08, 2007

Anjo de Cristal










Pelas frestas do dia, perseguem-me
O silêncio e o vazio,
Despertando feridas!
Golpeando no âmago do ser!

Ressuscita a tristeza.
O amargo!
Tudo corta!

Tudo fere!
Aos poucos ...lentamente,
Reminiscente, como grandes predadores.
Rasgam!
Retalham!
Sangram!

Dos olhos, escoa o perfume oco
Entre os dedos, esvai-se.
A alma, testamento cego.
A pele é livro aberto de memórias,
Das costuras, cicatrizes e chagas.
Reabertas!

Naufrágo num rio entristecido,
Caudaloso, turbulento e turvo.
Soçobrando em peito aberto.
Irresgatável!

Montag, Mai 07, 2007

Cachoeira de Quimeras



Há momentos que receio o ritmo deste coração.
Insensato no seu tempo,
Bater descompassado, incerto.
Inteireza intensa da alma que dói.
Deste corpo insepulto,
Alienado!


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Medo da saudade.
Das ausências súbitas.
Líricas fraudulentas!

Raream palavras.
Escasseam diálogos,
Probidade não ouço.
Não vejo!
Não escuto o brio das promessas em pregão.

Dos amigos apenas sinto.
A distância limitada.
Restringida a meios abraços,
Não dados!
Sentir, dissentindo.
Aturdimento!

Modorrando sentidos em desalinho que me tomam à socapa,
Azafamados, deixam um sabor amarujento,
Absintado nos lábios.
Esta desesperança agreste,
Agre de despedidas que me rodeia.
Desgasta!
Aniquila!

Uma mudez que me inunda.
Que me embarga a voz.
Não dos que não sabem falar,
Mas dos que sofrem afasia nos gestos
Dos que carecem dum ombro-colo;
Onde descansar o pranto das noites insones,
De mares em fúria.

Sou foz de sentimentos, emoções
Detrás de comportas trancadas.


Solidão!
Não a dos sozinhos,
Mas dos que andam em multidões de avessos.
Dos estrangeiros em própria vida.
Imigrante de suas horas.

O que carrego sob a pele,
É a fibra dos que espalancam asas ...
Ousam o voo.
Dos que se permitem, mergulhar no céu, pairando ...
Mariposeando num arco-íris.


Para os que já tenham sentido no peito,
O explodir da lua em todas as fases;
Dos que se atrevem ouvir o vento,
Sabendo guardar o segredo.
Dos que já cometeram erros,
E sabem que a vida é feita de imprevistos, de momentos.

Esta noite extravasa dentro,
Transborda de mim,e ...
Eu já não caibo no meu traçado.

O sangue corre liquido-fogo.
O ar é rarefeito,
Estrelas tremem de frio no firmamento.
Erosões de vontades, definham
Armadilhadas no desejo, extenuado de chegadas.
Doem-me!
Sangro!
Sufoco, afogo!
Calo-me!






Mensagens em garrafas,
Baloiçam-se no oceano,
Interminável desta noite.

Nunca saberei se na apanhadura,
Alguém lerá,
Decifrando a exacta leitura!






Samstag, Mai 05, 2007

Tatuagem hínica







Em palavras …
Escrevo, alinhavo e me descrevo.
Da poesia me visto,
Em rimas me dispo,
Nas entrelinhas me estendo,
Em sintaxe me entrego!



Em silêncio …
Inefável, canto e me assombro.
E em mim.. existem infinitos.
Prenhez quânticas de sentidos!
Chegadas enleadas em partidas.
A alma às vésperas dum Amor.
Bordado na voz dos Tempos!



Há em mim rios inesgotáveis
Marés de sobra, ondas ilaqueadas.
Quero escoar-me!
Escorrer, enxambrar-me.
Inundar!

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Num qualquer afloramento, acender o verbo
Num rubro dourado.
Num arremesso, tatuar de letras a pele.
Nas paredes, num céu veludíneo,
Dedilhar o tacto!
Refrão no meu avesso!


Sou ténue emoção, impressão
Poucos indícios,
Insinuação leve de sentidos.
Quero ser extinta, incinerada.
Renascer!
E saber-me capaz e digna,
De reinventar-me,
Re-descobrir-me
Ser eu, a outra,
E todas que em mim coexistem!

Mittwoch, Mai 02, 2007

Metamorfoseando (Te)



Mulher-Açoitada!
De sentidos decepados
Ladeirando abismos, agastada.
Depois da entrega de si, inteira.
Da vida do amado afastada.

Mulher-Fragilizada!
De confiança debandada;
Machucada.
Fugidia. Ultrajada;
Perdida.

Mulher-Quebrada!
Esparralhada!
Olhar anuviado,
Sonhos mutilados,
Gotejantes num eviterno inverno.

Mulher-Rasgada!
Vazada, fragmentada.
Esmolada de si.


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Destece as pregas amarradas!
Penteia, alisando dissabores,
E renasce-te, fénice!
Num céu dourado, acalenta teu ego.
Adormece-te sol!
Desperta em pétalas de lua!





Mulher-Guerreira!
Prenhe de mil quereres …
Empunha a espada,
Luta!
Não te deixes corroer!


Mulher–Ave!
Rainha de todos os céus,
Fortalece tuas asas
Reinventa-te em sedução!

Feiticeira–Mulher!
De fogo vestida,
Fogueiras acesas nas pontas dos dedos.
Cachoeiras rebeldes em mãos abertas
Água, jasmim, arruda e alecrim;
Perfumada energia em ti.



Mulher–Mar!
Ondeante magia,
Nos olhos segredos de sal.
Tua pele, intenso areal de sentir.

Mulher-Dama
Brindo ao Amar-se
Audácia no Saber-se!

Mulher-Deusa!
Mulher–Senhora!
Mulher-Cama!

Mulher!
A ti e por ti!

Samstag, April 28, 2007

“Calmaria de Paixão”






Em mim …
Habita a eternidade do teu querer,
Do teu desejo crescente …
Despertam-se madrugadas,
Tingidas de cores vivas.
Misticas!


Contigo, sou seara ondeante ao vento;
Verde trigo, sazonando teus lábios.
Num doce marulhar apapoilado,
Espigo-me, aconchegada …
Entre teus braços.



Voluptuoso, colhes-me!
Amorável, tomas-me!
Num marfolhar fogoso;
Escorro-me!


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E em tuas planicies resvaleço!

Sonntag, April 22, 2007

Folheando-me






Meu Amor chegou assim…
de mansinho!
Despindo vontades,
Despertando carinhos.




Em múrmurios sussurrados;
Soltou o verbo calado,
E sem pressas …
Afugentou receios,
Pudores e medos!


Com ele …
Permito-me, sou, dou …
Sem véus,máscaras,
Embuços ou camuflagem.
Apenas Eu!



Com ele …
Sou menina-traquina,
Atrevida-dama;
Cama …
Drama.
Mulher!
Às vezes felina
Outras serena!


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A ele …
Desnudo meu corpo,
A alma inteira,
O beijo molhado;
Excitado!
Pecado!

Me entrego,
De peito aberto!

A ele …
Mostro meu riso,
Meu pranto.
Minha verdade.
Meu Fado!

As dores nuas e cruas,
As tatuadas,
As mais sentidas!
Toda uma vida.


Ele …
Não comenta, não ri!
Calado, sofre junto...
E ... no silêncio, afagando-me;
Lambe feridas de mim!


Eu …
Com ele …
Não me envergonho de Ser!

Donnerstag, April 19, 2007

Manhã acetinada



Esperei pela manhã,
Magestosa, rasgava a noite,

Alva ...nascia lentamente.

Fora acordada pelo chilrear multicolor dos madrugadores.
Apagaram-se, no céu, as estrelas, discretamente ...
Num sopro de brisa matinal.




No meu rosto, as marcas da noite sem sono,
desenharam olheiras que o Tempo e as horas deixaram.
Ah, mas não importa!
O pensamento recusou-se a fechar os olhos e descansar,
Persistia incansável, num burburinho continuo.

Temperadas estas rugas de doer manso,
como se fossem dores de parto,
trazendo ao mundo,este meu eu ...
Tão cheia de sentires e imensa em emoções.

Cicatrizes de cada instante,
testemunham do meu percurso,
dos meus pensares, do meu caminhar;
nua pela vida!

E Vivo ...às vésperas de mim,
à beira do acontecer;
Do que foi,
E do que não serve mais.
Num eterno metaforizar-me.
Nesta existência verbal!


Gosto destes momentos;
Deste sossego, desassossegado.
Apenas eu, o meu mundo e Deus.
Em dialogo ajardinado,
partilhado, perfumado.

E em cada letra que nasce,
Revive em mim a certeza etérea
Que Asas amparam suaves todas as minhas quedas.

Olhando assim a madrugada,
Sacudiu-me a saudade dos meus lugares.
Das minhas planicies;
Da minha gente.
Do cantar preguiçoso,
Tão Alem tejo ...
Tão querido e amado.


Deu vontade de embriagar-me de sol
De chão lusitano,
De mar e sal.
De terra-berço.
De alma inteira , colo morno;
Vestir-me de abraços;
Maquilhar-me de sorrisos,
Semear ternura aos molhos;
Colher afagos,cintilantes ...
Em olhares de Amigos.


Pedacinhos de mim






Na mão estendida, morreu o beijo
quieto nas pontas dos dedos,
Sem adeus, ou até logo ...
assim ficou ...guardado,
Inacabado;
Em punho cerrado!


Tatearam o escuro, as mãos.
A frieza,
E a distância.
Quiz chorar, sentir;
Dar-me!
Mas ...a pele,
O sabor do fim presentia.

Meus olhos humedeceram as palavras,
Anforal de carinhos moribundos.
Destino.


Repete-se o canto;
Cala-se o vazio nos lábios,
Silencia o refrão nos ouvidos;
Eloquente!

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O único que pedia;
E queria ...
Eram mimos e abraços!

Montag, April 16, 2007

Tecendo saudades


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Entre teus dedos,
Ficou o fio de seda,
Dum Tempo por alinhavar.

Ficou presa, minha alma,
No bordado colorido,
Da teia dum único sentir.

Ficaram frestas, arestas,
confusas linhas tortas.
Descobertas.

Nas tuas mãos ...
A fragilidade do amor
E da nudez que me veste.
Confiança.


Tece!
Tece a distância,
Os intervalos descompassados,
Momentos, deixados ao acaso.
Prende os gestos,as caricias.





A voz muda ...
E as palavras em surdina.

Um dia! Um dia ...
Serão o que de mim te resta;
Lembrança!

Saudade desenhada
Numa manhã orvalhada.
Brilhando prata,
Na teia que inventaste!

Dienstag, April 10, 2007

Palavras presas








No mundo dos sem voz, estou eu!
Os que no escuro esboçam gestos;
Ternuras, carinhos ...
E abraçam vazios.


Nos lábios entreabertos,
Farfalham palavras proibidas;
amarradas, murmuram verbos acesos, suspensos
Numa loucura ébria,
Tingida de purpura intensa.


Abro a porta à noite,
Convido-a a entrar e sentar-se.
Conto-lhe segredos
E deixo-me afagar.

Anoitece-me o corpo no horizonte,descontente
Adormece a saudade, esvaída
Na ausência dum querer
Voa, alma minha, voa longe
Num sonho rubro de amor.


Na voz da bruma e silêncio;
Calo meu amor ...
Esmorece a carícia na penumbra
E, em lençóis de neblina aconchego teu nome.



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Antes de ser lume,
Chama ou lareira;
Afoga-se o fogo
num rio de sentir.
Antes ...antes de acontecer.

Mittwoch, April 04, 2007

Gotinhas de Quereres



Há dias assim:
De chuva molhando a alma,não precisamente de tristeza.
Aquela chuva miudinha e morna que aquece as faces.

Hoje é um dia desses, 'chuvoso'!
Nostalgico!

Passeiam-se pela mente momentos bonitos, de emoção imensa.
Outros menos bons, mas que contudo, tb deixaram marca.
E hoje sou o resultado de todos esses momentos.
Dos grandes, dos pequenos ...e dos detalhes que em mim cada um de vcs tatuaram.
Plantando um jardim de quereres maiores, semeando carinhos, afagos, abraços construindo a minha história.
Tão intensa como só pode ser o Amar àqueles que Amo, que gosto ...

E por este amor infinito, sinto que 'morro' tantas vezes num só dia.
A saudade a que distância me impõe;
O não estar a um curto espaço de um estender de braços;
E por vezes, (muitas) ...o dizer ou escrever (abraço-te), sabe a pouco!
Dói cá dentro.
Não chega!
Não acalenta, não aquece;
Não apazigua o sentir!
Nem atenua saudades.

Ao ler comentários deixados por alguns de vcs, confesso que uma lágrima assoma teimosa no canto do olho.
E dói esta ausência de estar.

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Sei que para alguns pareço distante, arrogante e até fria!
E com alguma razão, confesso.
Muitas das vezes, a maior parte, não sei expressar numa sala de chat, a intensidade do meu senti,r do meu querer.
Da ternura que me inspiram.

Não sabem, nem sentem que por inumeras vezes, chora a alma em frente, do outro lado.
Que o silêncio não é apenas silêncio calado.
Mas que sim que fala ...fala alto!

Falta-me os olhares, os gestos ...e um simples movimento de lábios.
Ali ... os sorrisos são todos iguais.
Os abraços têm a mesma cor.
Não há mergulhos num outro olhar ...
Não há janelas abertas, revelando gestos, sabores.
Adivinhando penas, ou gargalhadas.

Ali ...
Ganha amigos quem mais sorri;
Quem mais abraça;
Quem mais brinca!
Fica-se pelo superficial, pelas palavras banais, pelas conversas de ocasião.

Mas ali ..tb se Ama!
Sentem-se empatias que nos abraçam sem braços;
Sorrisos que nos coloram os dias cinzentos.
Palavras que nos aquecem como lareiras acesas.
E silêncios que nos aconchegam, dando colo.

Ali ...ali tb se sente;
Intensamente!

Montag, April 02, 2007

Simplesmente ...Tu!



Entre tu e eu ...
há distâncias,
Ausências.
Tormenta de sentires, paixões.
Empatias!

Meus olhos estendem-se
num gesto de mão aberta,
Minha boca ignora, disfarça;
Esta vontade que o corpo pede,
Implora ...
Enternece!

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Num emaranhado
de desejos, receios e toque
Espero tuas mãos,
teus lábios;
o beijo ensaiado.
Sublimado!

Neste vibrar do avesso,
Reinvento-me na crença d'um querer;
Na entrega inteira,
Eu em ti ..simplesmente!






Amando-te!

Sonntag, April 01, 2007

(A) Mar (Te)

Mansamente me encosto, enrosco
No teu peito me aconchego,
Me desperto, e entrego.

Sou rio ...fluindo
Em teu (a) mar.

Samstag, März 31, 2007

Asfixia d'um soluço.


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Nascem trôpegos na garganta,
Soluços incertos e tortos,
D’ um choro silencioso,
Sufocado entre lamentos e pranto!

Desaprendi a soltar as lágrimas.
Gastei-as no passado;
Em desilusões e despedidas
E ...muitas, muitas noites vazias.


Hoje, gasto o choro em golinhos de palavras.
Engulo tristeza e vomito a dor.
Nas entrelinhas, subtil e disfarçado
O verbo conjugado e embuçado.

Meus dentes mordem fogo
Os lábios cospem ácido
Na língua sabor a fel e amargo
Olhar baço de extremo cansaço.


Rasgo-me!
Das promessas ocas.
De mentiras e jogos do faz de conta.

Jamais!

Donnerstag, März 29, 2007

Despertar


No Tempo dos tempos;
Paira meu nome, cativo!
Na memória da Vida;
Não pronunciado.
Esquecido!

Entre ausências e limbo,
Ficou meu nome escondido
Flutuo, entretanto;
Num estar não estando,
Sentindo!

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Inconcientes, chamam-me na noite, os incautos;
Não sabendo, despertam nome e segredos
Sem reservas, nem distâncias
Desconhecendo a reverência nele contido!

Enigmatica esta mente que habito
Este corpo que me limita os espaços
Prisioneira da memória,vivo;
Dói-me a alma e todo este cansaço!



Nas horas mortas, escuto um canto. Longinquo!
Meu nome pronunciado, dito ...evocado.
Sacerdotisa, Guerreira!!
Teu nome segredam,
Num mantra murmurado!

Numa cascata de pétalas brancas perfumadas,
Renasce a Luz na Fonte
Antes deserta, seca;
Abandonada!

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Donnerstag, März 22, 2007

Let's tango





Feel it ...

Passo a passo ..
Olhos nos olhos.
Lábios nos lábios ...

E quando já cansados, suados ...
Na cama, corpos afogueados;
Bailamos ...
Tu e eu.
Abraçados!

No ritmo conciliado
de línguas e pele
Nascem gestos vibrantes
Dedilhando segredos,
No fogo do teu corpo.
Acendo-me!


Quero embriagar-me de ti,
Por inteiro.
Saborear-te, compartindo
Teu nectar,
Desejos,
Ritmo.

Num último simultâneo extase
Corpos colados,
Nus ... excitados;
Sensualidade explodindo.

Sentir-te;
Em mim ...completo!



Montag, März 19, 2007

Coração chora baixinho


Não há palavras, risos ou voz alguma
que apague o silêncio
e adoce o sal da lágrima sozinha;
rolando já seca, distraída.




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Tropeço nas brumas dos dias e noites;
E na palidez dos gestos,
Abraço o corpo neblina
Num torpor de braços e mãos inertes;
Sinto o frio ...a ausência e o vazio.

Ficaram apenas palavras escurecidas
como qualquer precoce amanhecer invernal
como quando a voz cala,enfraquece e desfalece.
Ficando um silêncio por dizer.

Arrasta consigo no sono,
Palavras crispadas em desassossego
Enroscada num manto de asas quebradas
adormece todas as vozes, gritos e desalentos.

Em segredo ...
Chove mansinho no peito.
Morrem devagar madrugadas
dum dia por nascer.






Dienstag, März 13, 2007

Senhora ...abraça-a



Não sei escrever-te ou falar-te a voz alta.
Escuto-te no silêncio das palavras,

Nas sensações, nas emoções ...
Nos gestos que me acompanham.
Nas recordações sempre vivas.

Olho a tua foto, tento imaginar-te sorrindo,

E não consigo!

Porém, hoje ..
Depois de 10 longos anos de ausência
sinto necessidade de sentir-te perto.
E assim ..a jeito de conversa,
entre abraços, sorrisos e cumplicidades .. dizer-te:


"Mãe, faz-me tanta, tanta falta!"

A saudade de ti, habituou.se a viver adentro;
esmagada entre recordações e ensinanças tuas.
Esta tua ausência queima-me o olhar,
banham-me o rosto.
(Instantes apenas .. não te preocupes!)


E tu ...num aceno de cabeça, entendes ..
Pestanejas levemente ...e num toque de dedos,

Trocamos segredos, matamos saudades.

Sabes!?
Não me recordo de gargalhares!
Preciso recuar no tempo para reconhecer-te o sorriso fugaz, leve.
E teus olhos!?
Teu olhar ausente albergavam solidões profundas!

Quantas vezes pedias paz, tranquilidade?

Quantas??!

As privações durante a infância e adolescencia,

cortaram-te as asas;
Condenaram-te a viver descalça,
sem sonhos, sem metas ..apenas o quotidiano.


Sorrisos tinhas ..o dos outros, ao teu redor, amarelando o teu.
O esverdeado olhar ...ficou baço com o tempo, os sacrificios e os silêncios!
O ondear do loiro dos teus cabelos ..escureceu, como seara colhida de assalto.

Num gesto suave de brisa fresca ...olhas-me;

Entendo-te ...e calo-me!

Não é dia para tristes recordações,
Afinal ...é o teu aniversário,

E tu ...
Já dormes ..(e)ternamente.




Senhora ...abraça-a!
Abraça-a por mim.

Samstag, März 10, 2007

Passeio


Acordei com o coração pequenino de saudade ...
Uma saudade morna, sem dor.
Apeteceu-me sentir o teu colo, o teu aconchego, o teu cheiro.
E passear contigo pelos campos que me ensinaste a amar.


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Anda pai, dá-me a tua mão;
Vamos passear pelas planicies sem fim!
A magia da natureza simples ...
O cheiro de alecrim e rosmaninho.

Vem ...guia meus passos;
Sentemos ali, na sombra aquela oliveira velhinha ...


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Nos sonhos tudo é possível, querendo.
Toquemos o céu neste teu dia e cantemos, lembras!?



"A palavra saudade ..aquele que a inventou;
A primeira vez que a disse, concerteza que chorou;
Concerteza que chorou ..chorou mesmo de verdade
Aquele que a inventou ..
A palavra saudade!"






Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket Há saudades assim, meigas, bonitas ...

Parabéns pai ...beijo eterno *

Donnerstag, März 08, 2007

Aconchego




Queimei hoje todas as palavras ...
Ardem em labaredas prateadas,

Tochas reluzem timidamente;
E ...Explodem em azul mar
Cristal.


Hoje plano no rumor do silêncio
Entre o estar e a ausência do ser.
E neste sentir assim indolente
De calma me acoberto, silente.


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Não me procures nas ruas da cidade,
Nem no bulício stressante da gente;
Estou no sossego dum livro,
na poesia, no gesto, no sorriso.

Passeio nos bosques escondidos nas brumas
Em voos acrobaticos com pégaso,
Gargalho e brinco;
E num círculo de Unícornios,
dormita o cansaço.



Um torpor de calmaria me afaga,
Aconchega e sossega.

Do Tempo me desnudo;
Obscenamente!
E nua de palavras e tempo;
Mansamente ...

Do ventre aberto do prado me invento;
E ...
Renasço.

Sonntag, März 04, 2007

Desassossego



Respira eternidade, esta noite ...

Lua feiticeira, cachoeira de luz.
Ilumina lençois em desalinho.
Clama por emoções, loucuras e carinho.

Em cama de terra e flores, me deito.
Em braços incautos me aconchego;
De sedução me vestes e desvestes;
E inteira me entrego.



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Ao longe, ardem fogueiras;
Rufam tambores,
Queimam-se incensos
E velas bruxuleam, antecipando desejos.

Numa dança ritual, quase animal
Acordam instintos e brilhos no olhar.
Corpos cálidos, amenos e quentes
Despertam amores imemoriais!
Em ritmos de cores, pele e suor.

Boca molhada, paixão enaltecida,
Em lábios entreabertos,

ofegantes e sedentos;
Recebem sem pressas os teus ..famintos!


Oh Lua feiticeira,rainha dos céus ...

Sê testemunha deste desassossego;
Desta sede de amar que não sei ignorar;
Esquecer ...ou mitigar!

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Atrevida, desliza a língua,
Por entre coxas,colinas e recantos ...
Contorce-se o corpo em movimentos arabescos,
desenhando a rubro (e)terno,
O beijo e o mistério.

E assim ...
No vento, esvoaçam segredos e feitiços,
E nós ...unidos num só corpo,
Ondeamos num mar prateado de sentidos