Sonntag, Mai 13, 2007

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Até um dia destes.



* Blessed Be *

Mittwoch, Mai 09, 2007

Transparências


Traí a mim mesma,
Concedendo-me mais uma vez confiar incondicionalmente.
Entreguei passado,presente.
E as expectativas de um futuro achegado.
Ofereci lembranças, ancoradas no subconsciente ...
Que pouco a pouco acostavam nos meus olhos.

Pranteei, recordando o menos bom!
A miséria humana que presenciei.
Mentes retorcidas e desleais com quem cruzei.

Conheci gente rica
Convivi com os pobres, os sem tecto
Eruditos, iletrados.
Os saudáveis ... lamentando-se à beira-vida
Moribundos ...Muemando!

Vivi o assalto em própria carne,
Tatuaram-me a pele a ferro e sangue.
Roubaram de mim, meninice,
Inocência.
Sorrisos!

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Enfrentei cara a cara a fome.
A morte!
O medo!
A distância e a solidão.
Chorei, lutei,
E venci!

Os párias da sociedade,
Não me rasgam a alma.
Não a alcançam, não lhe tocam!
Não a mancham.
Não corrompem, nem corroem meu Credo.

Enxovalha-me quem eu amo!
Os que chegam mansamente,
Baixando barreiras.
Os que chegam perto, e ficam.
Adentro!

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Sempre me esforcei,
M
anter-me fiel a mim mesma!
Sem ódios, rancores ou maldicências.
Aguentar e resistir de chama acesa,
A Fé!
A essência!

Acedi a solicitações e caprichos.
Procurei satisfazê-los de livre vontade.
Pela complacência de dar prazer.


Errei!
Fui permissiva ...até com a dor.
Assenti de alma ao léu ...
E de tanto assim agir,
Olvidei de mim,
Imensamente.

Dienstag, Mai 08, 2007

Anjo de Cristal










Pelas frestas do dia, perseguem-me
O silêncio e o vazio,
Despertando feridas!
Golpeando no âmago do ser!

Ressuscita a tristeza.
O amargo!
Tudo corta!

Tudo fere!
Aos poucos ...lentamente,
Reminiscente, como grandes predadores.
Rasgam!
Retalham!
Sangram!

Dos olhos, escoa o perfume oco
Entre os dedos, esvai-se.
A alma, testamento cego.
A pele é livro aberto de memórias,
Das costuras, cicatrizes e chagas.
Reabertas!

Naufrágo num rio entristecido,
Caudaloso, turbulento e turvo.
Soçobrando em peito aberto.
Irresgatável!

Montag, Mai 07, 2007

Cachoeira de Quimeras



Há momentos que receio o ritmo deste coração.
Insensato no seu tempo,
Bater descompassado, incerto.
Inteireza intensa da alma que dói.
Deste corpo insepulto,
Alienado!


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Medo da saudade.
Das ausências súbitas.
Líricas fraudulentas!

Raream palavras.
Escasseam diálogos,
Probidade não ouço.
Não vejo!
Não escuto o brio das promessas em pregão.

Dos amigos apenas sinto.
A distância limitada.
Restringida a meios abraços,
Não dados!
Sentir, dissentindo.
Aturdimento!

Modorrando sentidos em desalinho que me tomam à socapa,
Azafamados, deixam um sabor amarujento,
Absintado nos lábios.
Esta desesperança agreste,
Agre de despedidas que me rodeia.
Desgasta!
Aniquila!

Uma mudez que me inunda.
Que me embarga a voz.
Não dos que não sabem falar,
Mas dos que sofrem afasia nos gestos
Dos que carecem dum ombro-colo;
Onde descansar o pranto das noites insones,
De mares em fúria.

Sou foz de sentimentos, emoções
Detrás de comportas trancadas.


Solidão!
Não a dos sozinhos,
Mas dos que andam em multidões de avessos.
Dos estrangeiros em própria vida.
Imigrante de suas horas.

O que carrego sob a pele,
É a fibra dos que espalancam asas ...
Ousam o voo.
Dos que se permitem, mergulhar no céu, pairando ...
Mariposeando num arco-íris.


Para os que já tenham sentido no peito,
O explodir da lua em todas as fases;
Dos que se atrevem ouvir o vento,
Sabendo guardar o segredo.
Dos que já cometeram erros,
E sabem que a vida é feita de imprevistos, de momentos.

Esta noite extravasa dentro,
Transborda de mim,e ...
Eu já não caibo no meu traçado.

O sangue corre liquido-fogo.
O ar é rarefeito,
Estrelas tremem de frio no firmamento.
Erosões de vontades, definham
Armadilhadas no desejo, extenuado de chegadas.
Doem-me!
Sangro!
Sufoco, afogo!
Calo-me!






Mensagens em garrafas,
Baloiçam-se no oceano,
Interminável desta noite.

Nunca saberei se na apanhadura,
Alguém lerá,
Decifrando a exacta leitura!






Samstag, Mai 05, 2007

Tatuagem hínica







Em palavras …
Escrevo, alinhavo e me descrevo.
Da poesia me visto,
Em rimas me dispo,
Nas entrelinhas me estendo,
Em sintaxe me entrego!



Em silêncio …
Inefável, canto e me assombro.
E em mim.. existem infinitos.
Prenhez quânticas de sentidos!
Chegadas enleadas em partidas.
A alma às vésperas dum Amor.
Bordado na voz dos Tempos!



Há em mim rios inesgotáveis
Marés de sobra, ondas ilaqueadas.
Quero escoar-me!
Escorrer, enxambrar-me.
Inundar!

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Num qualquer afloramento, acender o verbo
Num rubro dourado.
Num arremesso, tatuar de letras a pele.
Nas paredes, num céu veludíneo,
Dedilhar o tacto!
Refrão no meu avesso!


Sou ténue emoção, impressão
Poucos indícios,
Insinuação leve de sentidos.
Quero ser extinta, incinerada.
Renascer!
E saber-me capaz e digna,
De reinventar-me,
Re-descobrir-me
Ser eu, a outra,
E todas que em mim coexistem!

Mittwoch, Mai 02, 2007

Metamorfoseando (Te)



Mulher-Açoitada!
De sentidos decepados
Ladeirando abismos, agastada.
Depois da entrega de si, inteira.
Da vida do amado afastada.

Mulher-Fragilizada!
De confiança debandada;
Machucada.
Fugidia. Ultrajada;
Perdida.

Mulher-Quebrada!
Esparralhada!
Olhar anuviado,
Sonhos mutilados,
Gotejantes num eviterno inverno.

Mulher-Rasgada!
Vazada, fragmentada.
Esmolada de si.


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Destece as pregas amarradas!
Penteia, alisando dissabores,
E renasce-te, fénice!
Num céu dourado, acalenta teu ego.
Adormece-te sol!
Desperta em pétalas de lua!





Mulher-Guerreira!
Prenhe de mil quereres …
Empunha a espada,
Luta!
Não te deixes corroer!


Mulher–Ave!
Rainha de todos os céus,
Fortalece tuas asas
Reinventa-te em sedução!

Feiticeira–Mulher!
De fogo vestida,
Fogueiras acesas nas pontas dos dedos.
Cachoeiras rebeldes em mãos abertas
Água, jasmim, arruda e alecrim;
Perfumada energia em ti.



Mulher–Mar!
Ondeante magia,
Nos olhos segredos de sal.
Tua pele, intenso areal de sentir.

Mulher-Dama
Brindo ao Amar-se
Audácia no Saber-se!

Mulher-Deusa!
Mulher–Senhora!
Mulher-Cama!

Mulher!
A ti e por ti!