Donnerstag, Dezember 09, 2004

Dialogo com um 'Anjo'




Lembras aquela noite que 'entrei' na tua varanda?! Há uns anos atrás ...

Levava as palavras nos lábios e o carinho no olhar!
Naquela varanda, pertinho do mar, cheirava a serena maresia;
perfumava tranquilidade e as mais variadas essências de plantas espalhadas pelos cantos; jasmim, rosmaninho, menta, hummmm ...que perfume!
Nada ali faltava.Estava a rede onde te 'perdias em viagens'; cigarro esquecido entre os dedos e o olhar mais além ...
Ah!! ... e a noite, lembras a noite!!
Um manto azul intenso, bordado de milhares de pontinhos brilhantes ...

Lembras!?

Quantas vezes precisei falar-te!! ...e mais que isso, precisei escutar-te.
Naquela noite, assim como as que se seguiram, houve apenas o silêncio das respostas ...e eu, na necessidade de as ouvir ...inventei-as, sussurradas ao ouvido.
Mas sabes!?
Era pouco, sabiam a nada ...

Como a pouco sabiam as conversas na janelinha, tornaram-se insuficientes!
As palavras eram escassas, o vocabulário vago, careciam de sentido.
Doia no peito a impotência de não saber chegar-te o meu sentir, como sou, como penso ...e muitas vezes as lágrimas silenciosas deste lado queimavam a pele, pela falta de ler o olhar.

Faltam-me os gestos, as palavras faladas, sentidas, ouvidas ..falta-me o abraço ...e o deixar-te entrar no olhar, para entenderes, para enfim saberes o que as palavras não dizem.

E os morangos ...sim, faltam-me os morangos tb.Ao longo destes anos, o fruto 'oferecido'. (sorrio)

Quantas vezes com orgulho falei de ti ...enchia a boca, iluminava-se o olhar, e um sorriso desenhava os lábios.
O meu 'Anjo' Amigo ... Homem de saber imenso, com uma meiguice sempre na ponta dos dedos.

O 'Anjo' que me brindava as palavras mais lindas, com paciência infinita derrubou barreiras, desconfianças eportas .. conquistando-me a alma inteira.
Tantas noites 'lutando' com os meus fantasmas até fazer-me sentir menina tantas vezes, mulher outras tantas e ... conseguir todo o afecto de que sou capaz.


Saraste-me feridas.
Secaste-me lágrimas.
Acarinhaste meus sonhos ...
E fizeste-me sentir, uma, outra e cada vez ... especial, querida e amada.

Partilhámos momentos bonitos, intensos, profundos ...
Estiveste 'presente' sempre que precisei dum ombro.E eu sabia, sentia que ali estarias.Palavra amiga, tranquilizadora ...serenando minha alma.
Foram muitos os silêncios falados, e muitas horas de companhia ...

Nos meus silêncios, isolados ..aqueles em que fujo de todos e tudo,eras tu o unico a quem me confiava, aquem deixava entrar no meu mundo ...
Mas não este ultimo ...este foi diferente, frio, medonho e intenso ...mudei.
Amadureci.

Um madurar à força bruta.
Doeu, sabes ...
Magoou imenso ..o não estares aí. Feriu, fere a ausência;
e o não me saberes nem sentires como eu pensava.


(...)
"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles."


...*...








Dienstag, Dezember 07, 2004

Remexendo no passado...III



(...)

Ali ficou, agarrando os joelhos de encontro ao peito, todos os sentidos alerta ao menor ruído.
Silêncio!

Escutou apenas o palpitar descompassado de seu coração e os soluços contidos na garganta.
Sentiu uma dor aguda nos lábios, só agora se apercebia do sabor a sangue, seu sangue.
Mordia o lábio.

Estava escuro ali dentro, esqueceu-se de acender as luzes. Melhor assim.
Não queria olhar-se.
Não queria ver aquela figura derrotada reflectida no espelho.

A porta estremeceu nas suas costas, os murros e a enchorrada de palavrões martelavam do outro lado.

(Ai meu Deus ...e se a porta cede!!);
... pensava com pavor !
Apertou-se mais, enroscou mais o corpo, fincou as unhas nas pernas até deixar de sentir dor.

Ficou quieta, tentou até parar de respirar ...
Mas tudo o que conseguiu foi um tremor descontrolado e uma vontade enorme de fugir, desaparecer.
Estava encurralada como um animal, e assim se sentia!

Pararam os golpes, as palavras e os rugidos.
Desistiu!?

Passaram as horas ..(minutos) mais umas quantas obscenidades misturadas de suplicas, desculpas fasulas, não sentidas ...
E ouviu a porta ...a outra, a da rua, bater!

Pouco a pouco, não sentindo nenhuma reacção ...deixou amolecer o corpo, começou a sentir dor.
Doia-lhe tudo ...pulsos;
pernas, seios, lábios ...cada pedacinho mais intimo de si mesma.
Mas mais ...muito mais que isso. Doia-lhe a alma, o não respeito.
E sentia vergonha de si mesma. Asco, nojo.

Entrou no duche, deixou as lágrimas misturarem-se com a água que saía do chuveiro.
Pegou na escova e no sabão e lavou-se, uma e outra vez.

A sujidade não se deixava lavar.
Ardia-lhe a pele de tanto esfregar, mas apetecia-lhe arrancá-la.
Queria virar-se do avesso, lavar o interior.

Deixou-se ficar ali, naquele espacito pequenito ainda humido do banho, posição fetal, aconchegante ...desejando sê-lo ainda!

Adormeceu!






Montag, Dezember 06, 2004

Momentos




Dançavam as palavras nos lábios.
E nos dedos os gestos lentos despiam o silêncio;
a lingua movia-se preguiçosamente, convidando ao beijo.

Abri o ziper que cobria o peito,
lentamente, deixando adivinhar o que ali guardo.
Um coração com defeito, faltando-lhe um bocado.

Desnudei o olhar ...
Libertei o toque,
E olhando nos olhos do Tempo ..
apercebi-me que o tempo passou.
E não me esperou.

As minhas saudades sabem diferente das tuas.
Têm a cor da distância.
O frio da ausência ...
E a fome do beijo perdido.

A minha saudade ...
É assim ...como eu.



Donnerstag, November 18, 2004

“Acordes a 4 mãos”



Apeteceu-me partilhar convosco, estes momentos.
Uma noite nas horas mortas ..em que a amizade fluia na sala de chat, eu e o meu muito amigo Zé, brincámos com as palavras.

Ele é ..para mim o menino que nunca cresceu, sorriso franco e timido.
Um coração enorme e uma alma linda e gentil.
Apesar de andarmos aos estalos quase sempre ...gosto imensamente dele. Um ser Humano, com maiusculas, daqueles raros, em extinção.

Ele tb é ..como todos os que o conhecem sabem, apaixonado pela musica, pelas suas guitarras melhor dizendo.
E assim nasceram, estas palavras, com muito carinho e amizade.

(obrigada Zé por seres quem és e seres meu Amigo ) *











Madeira quente,que abraço...
Nascem sons entrelaçados,
Num toque mel...alma virgem...
Cruzam-se nossas mãos,
desenfreadas, á procura...
de acordes...momentos infinitos!






Geme a guitarra...fala,grita!
Canta preces de outro vento...
lilazes melodias...
De rubro encanto, paixão que fascina...
estranhas notas efémeras...
sabor de vida etérea...viagem
Partida!

Sinto-te nessa dança...
de azul sentidos...

Perdiam-se já nossos dedos,
Entre as notas e sentidos,
De um “lá”…no infinito!!

Um “dó” maior sem dor,
Nossos dedos atrevem-se,
No “si” repetido…
Viagem de sentidos,compartidos
amando …suas cordas,luz vida...
Energia que levita…
entre acordes e compassos...
Num dançar de corda em corda.

Dedos passeando...em suas curvas,
Guitarra abraças melodia nossa
Ouvimos-te assim…
… perdidamente sentindo!!


ze2 e sonhadora

Montag, November 15, 2004

Remexendo no passado ...II



Acordou sobressaltada.
Por momentos ...e por entre as brumas do sono, pensou que tudo tivesse sido apenas um horrivel pesadelo.
Mas não!
Depressa se deu conta que esta era a sua realidade.
O mesmo cheiro pestilento, o mesmo sabor amargo na boca.
O mesmo desespero!

Que horas seriam!? Pensou ...
Faltaria muito para amanhecer!?

Estava escuro lá fora, no quarto e no seu mais adentro.
Não podia mexer-se!
Os braços já não os sentia, adormeceram-lhe pela imobilidade.

E ele?
Onde estaria?
Teria ido embora? Deixando-a ali ...assim!!
Tinha de fazer algo, não podia continuar inerte e à mercê alheia ...
Tinha que procurar a guerreira que nela exitia, aquele espirito aventureiro e desafiador que sempre a acompanhou.

Tentou concentrar-se, serenar o melhor que pudesse e pensar.
Amarrada não podia fazer muito, pensou.
Lutar de nada lhe valeu, vistas as diferenças fisicas.
Ele era grande, corpulento ... para a estatura dela, um gigante.

Gritar!
Não ... ninguém ouviria.
E gritar como ...se a voz não lhe saía.
E ele a calaria antes.Não ...

Pensa, pensa ...pensa algo. Sai daí.

Algo se moveu ao seu lado ...
Estava ali, olhando para ela ..de olhos brilhantes.
Sentiu os dedos dele recomeçando a tocar-lhe ..
pareciam ferros queimando-lhe a pele à sua passagem, marcando a fogo e dor.

Num relance de lucidez, gritou-lhe!
E com uma calma que não sentia, pediu-lhe que a deixasse que a soltasse.
Que não gritaria ...
Perante o olhar negativo dele.Tentou mais uma vez;
(apelando ao seu instinto e às forças que tirou nem sabe de onde)
tentou um timbre de uma quase meiguice na voz e um 'por favor' ...preciso ir ao wc.

Ele olhou-a diferente ...quase que surpreendido.
Talvez desconfiasse.Olhou-a firme, directo.
(Não viu mais que olhos).
E por segundos que pareciam séculos, concedeu-lhe 'a graça'.

Desamarrou-lhe os laços que a prendiam;
atirou-lhe um qualquer trapo que ela arremassou às pressas, vestiu-se tentando controlar o tremer e sobrepôr-se à dor, ao medo e ao receio que escutasse o seu pensamento.

Passou-lhe perto, sem o olhar ...e correu dali para fora, refugiando-se no unico lugar que lhe ocorreu.
Cambaleante tateou a porta e fechou-a à chave.

Deixou o corpo escorregar, enroscou-se em si mesma ...e chorou.



Samstag, November 13, 2004

Um sorriso




Sinto-me diferente.
Desde a ultima isolação silenciosa. É como se algo em mim tivesse mudado, crescido, amadurecido.
Não sei ao certo o que seja, mas sinto-me eu, inteiramente eu.

(e eu que pensava ter já amadurecido o bastante)

Estou diferente em relação a certas situações, mais segura de mim ...até parece que cresci uns palmos ...rs rs

Ontem, por exemplo ...
Ontem era um dia que me recordava a saudade triste ...
Tem sido assim desde à 7 anos, desde que meus pais partiram ...
Já me tinha preparado psicologicamente para passar as horas o mais rápido possível.
Mas não, pelo contrário;
A noite foi longamente curta.Bonita, leve ...

Entrou pela madrugada e de mãos dadas, esperaram o adormecer das estrelas e o despertar de uma nova manhã;
Sem que eu desse por isso ...era já um outro dia.

O dia foi diferente do que eu pensava que viria a ser.
Cantei.
Dancei.
Sorri ...
E sentia nesses feitos uma aprovação, uma calmaria ...um calorzinho na nuca.Um bem estar e ternura infinita.

Afinal era assim que o meu pai me gostava.
Era assim que ele me queria ..cantando e de olhar sorridente.
Era homem diplomado na escola da vida dura, mas com a alma ao léu e o coração na mão, estendido.

(Não, não é por ser meu pai ...tb tinha defeitos ...mas era homem da velha escola.)

Lembro que quando era menina ...decorava todas as musicas da altura, e cantava-as a todo o momento.
Era o orgulho dele.
Os olhos brilhavam quando me pegava ao colo, me punha em cima duma mesa e eu, dançava e cantava a plenos pulmões.
Na taberna lá da vila, eu ...a unica menina com direito a entrar no cantinho reservado aos homens.
Ora ...era a estrela lá do sitio.

Que bom recordar esses momentos ...
Aquecem-me a alma.

Se fecho os olhos ...sinto por momentos as mão fortes, aspras mas tão meigas.
Aquela voz calma e carinhosa ...e um sorriso sempre presente a desenhar os lábios.

E acabei o dia, começando um outro com um sorriso calmo

*(coração canta baixinho ...obrigada)*



Be Blessed

(...*...)

Donnerstag, November 11, 2004

Remexendo no passado ...I





Acordei à pouco ...
gemendo, com os olhos rasos de lágrimas;
e uma voz de homem que me gritava.
Não sei o que dizia, nem o porquê dos gritos ou das lágrimas, mas o certo é que me deixa sem alentos,

nem vontade para recomeçar o que resta do dia.

Poucas são as vezes que recordo os 'sonhos' .


Talvez seja o reflexo das memórias do passado que sempre teimam em fazer-se presente.
Ou por ter remexido esta madrugada no passado.

Novembro ...
Mês dificil para mim, bastante mesmo, diria ...
Aproxima-se uma data que me arrasta com força para os recantos mais remotos da memória.
Vasculho lá bem dentro recordações, procurando as meigas, as ternurentas ...e sempre me cobre um manto de saudade.
Neste mês partiu quem eu mais amava ...meu herói, a minha referência mais profunda e linda ... meu pai.


Ahhh ...a Memória!
Lá onde se encontram todas as vivências que escondi.

Para esquecer ...
Era preciso esquecer!
Amadurecer, crescer, aprender a lidar e saber viver com elas.
(falo das ruins, claro)

Era imperioso o olvido para não me tornar inumana, selvagem, era preciso para continuar a viver e voltar a acreditar!

E sonhar novamente!

Mas foram essas mesmas lembranças que me fortaleceram, que me deram forças a ser e estar na vida.
Um pouco contraditório, eu sei ...mas é assim mesmo.

E como que empurrada pela mão invisivel do tempo ... volto lá.
E recordo!
Vivo esses momentos.
Sinto-os vivos na pele ..e tudo volta ali, àquele instante, àquele lugar.

....

Cheira a mofo ...a suor.
Por entre as lágrimas e o olhar ausente, ali está.
O pesadelo, a dor ...a vergonha.
Ela, a menina que horas atrás ainda sorria que acreditava nos Homens, na bondade e confiança.
Que pensava que podia mudar as coisas ruins e feias da vida ...estava ali.
Naquele quarto, com cheiro a podridrão, com cheiro de mulher que passou a ser, porque a vida assim o decidiu.
Sem pedir permisso, sem que pudesse decidir.

Roubaram-lhe o poder de decisão.

A vontade.
Rasgaram-lhe a inocência.
Pisaram-lhe o orgulho, massacrando,sujando todos os direitos como ser humano.
Roubaram-lhe ... naquele momento a vontade de viver.

Tentou levantar-se daquele lugar onde tudo se colava ao seu corpo, mas não podia levantar-se.
Doiam-lhe os braços, as pernas ... todo o corpo.
Doia-lhe a alma e todo o ser.
Estava ali, ela ...

a menina que deixou de ser,
perdida e amarrada numa cama como se fosse um animal.

Hora atrás hora.


Quantas horas teriam passado, ou seriam dias?!
Não sabia!
Tinha perdido a noção do tempo.

Ao lado, descansando, o pesadelo continuava ali ..
fumando pausadamente,
saboreando um conhaque, com gestos lentos, satisfeito!
Olhava para ela de revés de quando em vez ;
balbuciava por entre a fumaça palavras que ela não entendia.

Ela sussurava, suplicante por entre soluços;
...ele, ignorava-a!
Cansada, esgotada, adormecia com lágrimas nos olhos assustados e nos lábios um NÃO contínuo.
...E acordava.





Mittwoch, November 10, 2004

sem sonhos, nem sentires.


Há um frio gélido e seco que me acompanha.
Há semanas que o sinto, lento ...aproximando-se.

Não, não é o frio da noite, nem desta estação invernal.
É um frio interno.

As mãos tateam sem desejos nem vontades.
Os gemidos são mudos e os sussuros gritos calados.

Pautas de melodias compostas por desilusão ...outras;
por um vazio perene.

São tantas as palavras que me fogem e tantos os pensamentos que me invadem ..me fustigam, me violam.
Que sangram.

Dormi por anos em teias de ilusão ...acreditando.
Minha pele é gelo que me reveste.
Meus sentires são apenas fumo que se esfumam no espaço.

Meu peito é a cela de um coração que já não o é.

As lágrimas gastei-as por mentiras;
Secou o mar dos sentimentos que limpava a dor.

Não estremeço com o toque do vento
Nem oscilo à dor que sinto.

Circulo fechado, não ponteado.
A mim não mais chegarão olhares, nem palavras.


...

sem sonhos.


Samstag, Oktober 30, 2004

Silenciosamente

...

Choram as palavras nos meus dedos,

como se eles fossem rios,
desaguando em mares profundos e desconhecidos.

Desilusão, dor, mágoa ...e um silêncio imenso.
Só ...dizes! Não ...

Sós estão os que não conhecem nem sentem a ternura,
o carinho, a confiança.

Sós, estão os que os valores materiais falam mais alto.
Sós ...estão os humanos ;
...aqueles que de humanos nada têm.

Não! Eu não estou só!

Continuo estranhamente dentro de mim ...
Cobando sonhos e esperânças.

Não!
A essência não morre, não a matam ...
Adormece apenas e sómente.



Passeio-me neste local, onde tantas vezes me pergunto:
"-Valeu a pena!?"

Sim ...valeu, pelos sonhos que criei, pelas ilusões que vivi.
Valeu a pena conhecer um sentir maior.

...

Anda ...
Vem passear-te aqui;
...dentro de mim.

Caminha até ao fim dos meus caminhos,
dos meus medos,
do meu Eu.
Fixa teu olhar dentro dos meus olhos.
E fala!
Fala ... mesmo que doa em mim ou no mais profundo de ti.
Não, não penses em palavras bonitas de usar.
Não preciso delas, a não serem escritas ...

Olha-me!
Escuta o meu mundo ...

Escuta a nudez de um sentir.
Chora, grita ...mas entende-me!

...

Afoga-me neste silêncio!
Ou então ...deixa-me morrer,
lenta e sossegadamente.

...

E morro de Amor e vácuo, assim como vivi.

Silenciosamente!










Sonntag, Oktober 24, 2004

"Sombras no Espelho"



A noite caminha sobre as paredes
Onde o fumo e o silêncio
Enlaçam as mãos.

E os dedos confundem-se, entre o das estrelas ...
e o véu que cobre a transparência de uma ponte
Acorrentando um coração!

Alguém …
Deixou voar o ar por entre os dedos!
E roubou as estrelas à noite eterna e rubra,
...apagando-a!



Pisaram os espaços
vestidos de lua,
cavando tombas de sedas suaves.

E sonhei, sonhos e pesadelos
de lágrimas puras de sol e lembranças.

Alguém …
roubou a luz e escreveu em neve gelada
sobre tempestades.

Porque ...
Alguém se afastou do caminho
que bordava os passeios do verbo Amar.

Freitag, Oktober 22, 2004

"Abraços"


Apetecia-me,
Abraçar as palavras
Na garganta caladas,
Arrancá-las,uma a uma;


E escrever…

Escrever,desenfreadamente!
Até que meus dedos
Doessem de cansaço!

Escrever no papel de parede,
No chão,nas mãos…
Descrever todo o meu mundo!

Palavras ao acaso,perdidas.
Meus medos , sentidos profundos!
Meus sonhos mais escondidos!



Palavras simples,emotivas,
Minha alma, nelas vividas!

Percorrer meu corpo cansado,
Carente de um abraço.
De palavras infinitas...
De gestos , de traços.

Em cada virgula,um espaço
Em cada ponto um afago.
E continuar…
De palavra em palavra.

Sentimentos,momentos marcantes!
Procurar as letras vincadas
De lutas travadas
A vermelho marcadas.
Pegar em tinta verde,
Corrigir os lamentos;

Passar em frente …de vida em Vida!
Abrutamente esquecer as feridas!
Retomar o ritmo…
Ouvir minha voz que grita!
A palavra minha…
O meu eu!

No frio do chão,deito meu corpo,
Sinto suas vibrações,
Seu silêncio, seu choro!
Corpo coberto de memórias
Num gesto de loucura,levanto a mão…
E rasgo, apago, queimo!
Os rascunho que fiz!
As palavras estão em mim,
Intemporáis,eternas!
Relembrando-me a escuridão,
Redando-me a luz!

As palavras !!
Sou eu,nascem de dentro,
Dos meus momentos,rebeldes,cansados!

As palavras adormecem meu espirito!
Abraço-me…
Procurando o silêncio,a paz
Serenidade em mim!



sonhadora

Donnerstag, September 30, 2004

..assim, meio sem vontade.

Já amanhecia quando me apeteceu deitar, não que tivesse sono mas ...assim pedia o corpo, um pouco de descanso.

Lá fora, a neblina vestia de branco a manhã, emprestando ao cinzento da noite um manto fantasmagórico, (nem sei se existe a palavra) ...mas tb não tem importância. Preciso tirar as palavras da mente, aquietá-la ...
Aconchegar a alma;
Deixar adormecer o corpo ..(está dificil a tarefa!)

Que revolução de verbo vai aqui dentro!
Atropelam-se os sentires, os pensares ...
e os olhos, continuam assim ...semi-cerrados, magoados!



A manhã está como eu ...meio entorpecida, sem querer acordar nem adormecer. Apenas esquecer!



Apetecia-me esquecer!
Sim! ..perca total e completa de memória ...
e porque não, de sentir, de pensar.
Que restasse apenas o hoje, o instante, o momento ...sem ontens, nem amanhãs!



Sem as promessas que ficam esquecidas.
Sem as desculpas, mentidas.
Sem os amores declarados, falsos.



Apetecem-me despedidas!
Apetece ...apenas esquecer-me!


Mittwoch, September 29, 2004

Palavreando-me ...

Não sei se teus olhos me olham ...
entre as palavras que deixo,
espalhadas por aí ...em todos os cantos do teu caminho.

Palavras sussurradas em lábios entreabertos.

Não sei se as lês!
Não sei se as sacodes, pisas e devolves à poeira da distância.Do olvido!

Não sei os teus caminhos!
Sei teu carinho, teu beijo ...teu toque.

E desconheço-me ...assim:

Despida de orgulho, ferida pelo tempo que não vivi.

Sobrevivi apenas, como minha sombra.
Buscando-me, sem me alcançar.

Visto-me hoje, sempre, das tuas palavras
E sigo o rasto do teu sentir, nua, em todas as ruas,
Em todos os becos onde há poesia.

E passa a palavra na brisa que acarinha tua pele;
nas estrelas que adormecem em teu olhar.

Quem sabe um dia me lês num pedaço de papel, escondido num qualquer livro.
Num sorriso ...


Eu sigo ... palavreando-me.

Dienstag, September 28, 2004

"Por entre sonhos"


Esta noite!!
é clara esta noite…
Prenhe de palavras,
Num céu imenso.

Não sei,não…não sei,
a razão deste meu canto...
como se o sol,
nascesse dentro de mim,
aquecendo a alma e o pranto.


E dos meus dedos
rios de prata,reflexos de lua
moldassem os gestos,os gritos
as palavras silenciadas
no soluço dito.

Mas!!
Aquela imagem tua
Como se fosses
Musica na alma.

Menino homem,
Perdido num mundo de palavras
Ditadas de ternura e silêncios profundos!

Sentada no terraço dos sentidos
Olhando o sol ‘morrer’, ao fundo do céu…
Espero o vento!!
Passará com as palavras,deve passar…
Procurarei as tuas,enviadas numa Carta
Quero levar-tas,enfeitar tua noite
Quando a lua descansar…

Quero levar-te o sonho!

Nesta noite clara,sem nostalgias,
Serei a lua,neste céu imenso,mar liberdade

Dá-me a mão…
Vem!
Subiremos a montanha que queiras
E lá..pertinho do céu…
…não importa o gelo que a cobre.
Tocaremos o azul,com dedos de magia.

Descobrirás a primeira estrela enamorada da noite
que acaba de nascer…
E se o sono não chegar...
Ficarei acompanhando teu sonho acordado,
Entrelaçando as tuas nas minhas palavras
Confundindo as rimas de uma poesia
Forte,como se as tuas fossem as minhas!

E de mãos dadas passearemos
Entre o teu e o meu sonho.
Pelas planicies ondulantes...
Estradas fumegantes de um sol ardente,
e levantaremos os braços ao céu tão azul
tão eterno,tão nosso...tão imenso.

Dançaremos como selvagens,
De caras pintadas,corpos nus…

Nadaremos em rios de águas rebeldes
Esperaremos a noite,a lua,as estrelas…
E sonharemos…




sonhadora

Samstag, September 25, 2004

"Pedaços de mim"

Os loucos nunca desistem…
Sobrevivem aos seus silêncios
Aos gritos desesperados,
E à lenta morte de pedaços de alma!

Sobrevivem a cada louca loucura
Com uma forte insana lógica...
Levantam-se a cada dia
Acreditando no impossivel
Sentindo o cheiro da vida.

Semeiam sorrisos,
num qualquer jardim
Recanto de seus segredos
Sonham,voam alto…
E de olhos fechados,
Sentem… caricias do vento!
Murmurando recados!

Emitem sons de movimento,
De cores,
De sentires,
De tremor…
Gemidos profundos,
há tanto encarcerados...


Alimentam suas horas
De toques,
cheiros,
visões…
De faminta fome, longinqua de Vida
De toques sentidos
Palavras ao ouvido
De partituras melodiosas,
Mágicas,
Misticas,
Quase no olvido.
E roubam-lhe os sentidos!

Insistem em crer,
Os loucos como eu …
…Nunca desistem!!


Sonham ...

Donnerstag, September 23, 2004

"Manto de Asas"

Sinto-me estranhamente eu…
Melancolia nos gestos que rasgam espaços
Envolta carinhosamente num azulado morno.

Levito...

Como se asas nascessem dos ombros
E rios de ternura das pontas dos dedos
Erguidos, preguiçosos ao céu
Suave toque de bondade
Afagam levemente meus braços.
Mãos fortes, num abraço,
amparam o cair do silêncio.

Aconchego a cabeça nesse ombro que me oferecem
Descanso o tempo, as lágrimas, e todo o meu ser.

Ali fico aninhada, adormecendo o cansaço.

Ao longe…o vento pressentindo o tremer
Sopra mansamente meus cabelos
Entrelaça melodias de embalar
E adormeço, ternamente ao seu cantar…

Não lhe toquem!

Ouço ao longe num grito…
Deixem que durma a Fonte
E todos os seus sentidos.




sonhadora

Mittwoch, September 22, 2004

"Minhas mãos ..."

Mãos cristal
Enrugadas pela ternura.



Mãos que falam
Que gritam os tempos,
Queimando desalentos
Gesticulando a saudade.
Costurando os retalhos do sonho
Que adivinham…
Que quase perderam!

Mãos que sentem,
Grávidas de toques,
Esboçados nas sombras de estrelas.
Em noites de fios desfeitos
De palavras imaginadas.

Olhos plantados
Nas pontas dos dedos
Lágrimas de sal e fel…
Sou verde eu
Verde esperança
Do amor que te sinto!
Desse amor longinquo
À beira fado
À beira sol
À beira tudo!

Mãos,
Que morrem de ternura
Nas pontas,
De braços cansados
Alongados sobre pernas
Que esperam…a caminhada!



sonhadora

divagando




Sentada no meu canto, mãos pousadas no teclado ..pensamentos que passam e não consigo alcançá-los.
São rápidos demais, emotivos demais ..e parece não haver a coordenação que eu gostaria entre eles ...e a mão.

Instantes passageiros são os conscientes deste acto, pois rápido me perco na profundidade das emoções, nas palavras lacrimantes, nos sorrisos esboçados ...e só os poderia transcrever, filmando-me.

Quem sabe não seria uma óptima ideia. A linguagem corporal não engana, não quando nos encontramos entropecidos, quase em semi-trase, esquecidos de nós mesmos, assim como me acontece a mim.

Dias há em que me levanto com a firme intenção de permanecer coerente, lucida ...mas depressa me perco dentro de mim.

Isolo-me do mundo inteiro porque assim o necessito, recuperar forças ..."viagens" que se tornaram imperiosas para continuar a ser, a sentir ...a sonhar e a confiar neste mundo tão cheio de carências, tão mesquinho, tão podre de humanidade.

Os Homens estão aí ...matando-se uns aos outros, por poder.
Matam mulheres, crianças ...e tudo que encontram no caminho.
Não se argumenta.Mata-se!
Não se Ama, explora-se!
...

Amor ..palavra tão usada nos dias de hoje, tão falsamente usada.

(desculpem, divagava ...)


Freitag, September 17, 2004

Metade

E que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe seja linda, mesmo que triste.
Que a mulher que amo
Seja para sempre amada, mesmo que distante.

Porque metade de mim é partida
E a outra metade é saudade.


Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
Nem repetidas com fervor, apenas respeitadas.
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.


Porque metade de mim é o que ouço,
Mas a outra metade é o que calo.


Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço.


Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que penso,
e a outra metade é um vulcão.


Que o medo da solidão se afaste!
Que conviva comigo mesmo
E se transforme ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que me lembro ter dado na infância.

Porque metade de mim é a lembrança do que fui;
e a outra metade não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.

Porque metade de mim é abrigo,
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta,
Mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar,
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia,
e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada,
Porque metade de mim é amor

e a outra metade ...

... também.

(Osvaldo Montenegro)

(Palavras para quê ...

Descrevem-me na perfeição.)





“Delirios”



Nua,
De pele tua,vestida!

De amor,
Cheio o peito!

Tua boca eu sentia ...
Teu calor,teu beijo;
E inconsciente
No desejo,
Mais beijos,
A boca pedia…



Estonteante de loucura
A lingua desobedecia
E todo teu corpo ...mordia.
Leve,docemente…



Em suspiros,
E gozos infinitos
Dizias-me quase em gritos!
Hummmm…
É quase dia…


sonhadora

Donnerstag, September 16, 2004

Alma nua em ti

Nesta noite, eu quero queimar as minhas dores.
E deixar meus dedos desenhar o sabor dos teus lábios.

Nesta noite ... quero queimar as horas que me restam
e deixar evaporar as palavras que nunca disse.

Quero consumir minhas vontades.
Queimar os medos e receios em labaredas de amor.

Transformar em cinzas a procura constante de um aconchego em palavras de amor murmuradas entre carinhos.

Sentir-me mulher-amada em teu abraço seguro.


Sentir-me como nuvém de luzes marcando a fogo quente o céu intenso do meu corpo.

As chamas que nascem nos meus olhos,
incendeiam-me dentro.
E deixam em rubro vivo o verbo.

Liberto segredos reclusos.
Revelo o beijo em ti de alma nua.

Esta noite apeteces-me assim.

Mittwoch, September 15, 2004

musicando ...

Sou louca sim ...tão loucamente louca.
Louca de sentires, sejam eles alegres ou não, vale a pena senti-los.
Um sentir que dá vida, que faz correr o sangue nas veias (ou pará-lo por vezes).
Que importa!



Há sempre uma ou mais musicas que nos acompanham ao longo da vida.
E eu embora "louca" não sou diferente dos outros nesse aspecto.

Em todos os momentos há musica, companheira de lágrimas, de risos ...e nos momentos das palavras soltas ou nas caladas.
Há musica até no meu silêncio, a unica companhia com entrada livre no meu mundo.



Ahhh! a musica ...transporta-me ao mundo dos sonhos.
Fecho os olhos e deixo-me ir ...

Voo ..voo alto, além muito além de mim.






meu mundo

Dia cinzento.
Frio.

Encosto a cabeça na janela e deixo os pensamentos voarem.
Voam longe ...além do pensamento, fora do meu controle.
E fico assim, imóvel ..como se o tempo parasse e me fechasse dentro desse mundo que é só meu.

É como se uma redoma de cristal me rodeasse, inquebrável.
Transparente.


Lá fora a vida continua.
E eu fico ali, flutuando, alheia a tudo, sentindo ora o frio, ora o calor.

E nada me incomoda, e ninguém se aproxima.

Ali, as estrelas estâo à distância de um toque.

As dores sossegam o latir constante ...as feridas fecham suas mágoas e páram o sangrar. Ali seco as minhas lágrimas.

Ali posso ser.

(e não quero mais voltar)

Sonntag, September 12, 2004

Noite estrelada ...

O telescópio espacial Hubble enviou para a Terra uma imagem de uma estrela longínqua que faz lembrar os astros rodeados de halos criados pelo pintor Van Gogh no seu quadro «Noite Estrelada».




Essa imagem espectacular foi obtida em 8 de Fevereiro e representa uma estrela a que os astrónomos chamam V838 Monocerotis, rodeada de um halo de luz em expansão.Uma explosão nessa estrela, situada a 20 mil anos luz da Terra, será a fonte provável da nuvem de poeira e fumo iluminada, de acordo com o comunicado.Um comunicado conjunto das agências espaciais norte-americana (NASA) e europeia (ESA), responsáveis pela publicação da fotografia, afirma tratar-se de «uma obra de arte da natureza» e explica que «a iluminação da poeira estelar provém da estrela avermelhada visível no centro da imagem».

A paisagem «Noite Estrelada» foi pintada por Vincent Van Gogh perto do asilo psiquiátrico de Saint-Rémy-de-Provence, no sul da França, 13 meses antes de se suicidar, nos arredores de Paris, com 37 anos, em 1890.

"roubado" da página:

tsf.sapo.pt/.../interior. asp?

Interessante não é?


"Anoiteço"






A tarde cai…
E anoiteço!!

E nessa negra noite escura,
Adormeço!!
E no sono adormecido de cansaço,
Eu… me perco.

E perdida no regaço do Tempo
Desalojo as linhas da sina
Que me traçam!

Destino marcado,sabor amargo,
Cheiro a ranço,
Lembrando bolores de antigas dores!


E no silêncio do canto,calado.
Arremesso os pedaços,
Feitos cacos…
De um sofrer desmedido,
Desconhecido!!

Perdida na procura vã
De sonhos rasgados, mentiras
Procuro a esperança, um abraço,
Em um qualquer lado!

Nada vejo..nada sinto,
Apenas cansaço!

A minha pele rasgo,
E despetalo,pedaço a pedaço,
como um qualquer malmequer,
alheio à mão que esmaga, mata!

E morro, devagarinho...
A cada amizade perdida,
A cada ferida, doída
A cada distância sentida!


Secam as folhas da vida
As cores vivas, são cinzas, agora!
De fogos, outrora intensos…
Na visão de um sentir, vão!

E procuro, a lua escondida,
O brilho das estrelas.

Nada vejo…nada sinto!

E…
De olhos baços,
Escorro em lágrimas…
…Vazia!



sonhadora










Meu Amor por ti ...




"Poderia se chamar SILÊNCIO Porque minha dor é calada e meu desejo é mudo E poderia simplesmente não se chamar Para não significar nada e dar sentido a tudo"



(desconheço o/a autor/a)

Samstag, September 11, 2004

Fado

(...)já que a má sorte assim quis
A tua sina te diz
Que até morrer
Serás infeliz! (...)




Mornas lágrimas rolam-me pela face ao ouvir este fado.
Toca-me o ser como guitarras gemendo, acompanhando o lamento.



Freitag, September 10, 2004

Covardia





"Covarde não é aquele que chora por amor,e sim aquele que não ama com medo de chorar."

(desconheço o autor)

Donnerstag, September 09, 2004

Obrigada AlmaAzul

Hoje sou uma bébézinha ..nasci há muitoooooooossssss ( risos) anos numa manhã encantada.
E recebi um hoje, entre tantos outros, este presente lindo assim como as palavras dela o são.



Obrigada ...* AlmaAzul

Um dia de Força

Hoje não te quero dizer que és especial,
Nem tão pouco que és única,
Ou que gosto de ti, e que terás sempre um lugar singular
Entre os que mais me cativam…

Não, hoje não quero que saibas que sinto saudades
E nem medos e receios que só tu acalmas.

Hoje não… talvez amanhã…ou depois…ou quem sabe um outro dia.

Mas hoje não! Porque hoje é um dia especial!
E não quero dizer-te o mesmo que quero dizer
Em todos os outros dias!

E por ser um dia especial,
Hoje digo e não apenas quero,
Ao contrário de dias mais comuns:

Hoje apenas quero que saibas que estás sempre em mim.

AlmaAzul

Anjo Amor

já rabisquei tantas vezes e outras tantas apaguei ...

Que raios, estou tentando mesmo manter-me firme nesta ideia de "bloggar" ...é giro.
Mas se me passeio por outros blogs, é tudo tão diferente ...ai ai.

Falam que se fartam, deles/as mesmos/as ..dos outros, da actualidade.
Eu, sinceramente ...não sei que dizer.
Não que não tenha nada a dizer, não não ...
Apenas ..não sei falar de mim.




Um dos meus anjos ...lindo.




"Desejos"

Tirando a aureola por uns 'sigundos' ...rs.
Faço a vontade à "mana" ...e aqui vai um sentir, ai ai ...(risos)




Quero sentir
Tuas mãos,
No meu corpo!
Apagando esta paixão,
Este fogo!

Quero,que me tomes,
Que me sintas,de pudores despida,
Revolta,
Em lençóis de loucura…

Desejos,
Tormentos!
De teu corpo no meu!
Essa dor,
Rasgando,
Doendo,
Mas sabendo-te meu!

Toca-me!
Nesse toque de querer…
Nesse momento de poder…
Desejo teu gemido,
Suor!
Grito!

Desejo…sentir-me mulher!

sonhadora

"Tempo de ausências"

Impossível esquecer alguém que embora ausente ...vive presente no dia a dia, a cada gesto, a cada olhar ...
(sorrindo ...*)






Houve momentos, e em tempos
Que te sentia!

Subtilmente aparecias…
Palavras ternas dizias
Em dança de caricias, me envolvias …

Houve um tempo!!
Com teu toque,
me desvestias
Olhar doce e meigo beijo me oferecias e …
Todo meu corpo gemia!!

Houve um tempo...
Eras musica,gestos, poesia
Sentir sensual,imenso e por momentos …
o ar era morno,suave...e eu tremia!

Agora…
A tua presença não sinto,
Teu toque não pressinto
A madrugada chega ...vazia.


A roupa,sem pressas dispo.

A voz apagada,sem toques...nada.

No chuveiro,
Onde outrora te esperava,
E a água me beijava
Parecendo até que cantava...

Hoje…
Hoje as gotas são lágrimas!
E eu, morada incerta, da tua chegada.


sonhadora






Mittwoch, September 08, 2004

"Altar da Saudade"




Vagueio pelas ruas da memória,
sou a que chora no templo da saudade
que murmura cânticos de aconchego.
E mata a sede de amar em palavras antigas.

Vagueio pelos dias…
E sou a mesma, a dos meses que passaram
E que em anos se transformaram.
Sou a outra, a que espera …

Aquela que guarda o calice
Em boca, de lábios ausentes ..
Que mantém a chama acesa dum amor inexistente.
Que alimenta a distância em afagos ternurentos.

Sou a que se consola com toques de brisa
E caricias do sol …
A que escuta tua voz no murmurio do vento
A que dá colo ao céu quando este chora!

Mas a razão esconde outra procura …a verdadeira!
A deste inquieto sentir, louco sentimento …

Espalho meus sonhos em teia de esquecimento
Queimando poemas-amor … em fogueiras de despedida!



sonhadora