Sonntag, Februar 07, 2010

"Quase nós"



Acontece que ...quando menos espero,
Penso-te!
E lembrar-te é recordar ...
E é voltar adentro, ao que há de mais meu em mim.
Esta quase vontade louca, de abrir asas
Eu gaivota, mergulhar-me em céus de ir e voltar..
Metamorfosear-me lua-mulher, em todas as fases.
E engravidar-me de palavras e música.
Dos pedaços revestidos de mentiras, ser inteira.
E metade, quando nos olhos, me chove a saudade.


E depois ... quase te esqueço.
E quase me perco em passos cansados,
Por caminhos sem retorno.
Sou quase completamente triste,
Quase outra.
Quase vazia!

E quando ao lusco-fusco o dia envelhece
Traja-se a noite de um arrebol afogueado
Nessas horas mortas, adorna-se a solidão.
E na imensidade brumosa, pela tua ausência,
Lamentam-se as estrelas.

Quando tu, a meio da noite, quase sonho
Num silêncio cheio de pontas,
És suspiro, gole de ar, quase nome.
Adormeço em cobertas de vontades
Num abraço quase nosso.