Samstag, April 28, 2007

“Calmaria de Paixão”






Em mim …
Habita a eternidade do teu querer,
Do teu desejo crescente …
Despertam-se madrugadas,
Tingidas de cores vivas.
Misticas!


Contigo, sou seara ondeante ao vento;
Verde trigo, sazonando teus lábios.
Num doce marulhar apapoilado,
Espigo-me, aconchegada …
Entre teus braços.



Voluptuoso, colhes-me!
Amorável, tomas-me!
Num marfolhar fogoso;
Escorro-me!


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E em tuas planicies resvaleço!

Sonntag, April 22, 2007

Folheando-me






Meu Amor chegou assim…
de mansinho!
Despindo vontades,
Despertando carinhos.




Em múrmurios sussurrados;
Soltou o verbo calado,
E sem pressas …
Afugentou receios,
Pudores e medos!


Com ele …
Permito-me, sou, dou …
Sem véus,máscaras,
Embuços ou camuflagem.
Apenas Eu!



Com ele …
Sou menina-traquina,
Atrevida-dama;
Cama …
Drama.
Mulher!
Às vezes felina
Outras serena!


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A ele …
Desnudo meu corpo,
A alma inteira,
O beijo molhado;
Excitado!
Pecado!

Me entrego,
De peito aberto!

A ele …
Mostro meu riso,
Meu pranto.
Minha verdade.
Meu Fado!

As dores nuas e cruas,
As tatuadas,
As mais sentidas!
Toda uma vida.


Ele …
Não comenta, não ri!
Calado, sofre junto...
E ... no silêncio, afagando-me;
Lambe feridas de mim!


Eu …
Com ele …
Não me envergonho de Ser!

Donnerstag, April 19, 2007

Manhã acetinada



Esperei pela manhã,
Magestosa, rasgava a noite,

Alva ...nascia lentamente.

Fora acordada pelo chilrear multicolor dos madrugadores.
Apagaram-se, no céu, as estrelas, discretamente ...
Num sopro de brisa matinal.




No meu rosto, as marcas da noite sem sono,
desenharam olheiras que o Tempo e as horas deixaram.
Ah, mas não importa!
O pensamento recusou-se a fechar os olhos e descansar,
Persistia incansável, num burburinho continuo.

Temperadas estas rugas de doer manso,
como se fossem dores de parto,
trazendo ao mundo,este meu eu ...
Tão cheia de sentires e imensa em emoções.

Cicatrizes de cada instante,
testemunham do meu percurso,
dos meus pensares, do meu caminhar;
nua pela vida!

E Vivo ...às vésperas de mim,
à beira do acontecer;
Do que foi,
E do que não serve mais.
Num eterno metaforizar-me.
Nesta existência verbal!


Gosto destes momentos;
Deste sossego, desassossegado.
Apenas eu, o meu mundo e Deus.
Em dialogo ajardinado,
partilhado, perfumado.

E em cada letra que nasce,
Revive em mim a certeza etérea
Que Asas amparam suaves todas as minhas quedas.

Olhando assim a madrugada,
Sacudiu-me a saudade dos meus lugares.
Das minhas planicies;
Da minha gente.
Do cantar preguiçoso,
Tão Alem tejo ...
Tão querido e amado.


Deu vontade de embriagar-me de sol
De chão lusitano,
De mar e sal.
De terra-berço.
De alma inteira , colo morno;
Vestir-me de abraços;
Maquilhar-me de sorrisos,
Semear ternura aos molhos;
Colher afagos,cintilantes ...
Em olhares de Amigos.


Pedacinhos de mim






Na mão estendida, morreu o beijo
quieto nas pontas dos dedos,
Sem adeus, ou até logo ...
assim ficou ...guardado,
Inacabado;
Em punho cerrado!


Tatearam o escuro, as mãos.
A frieza,
E a distância.
Quiz chorar, sentir;
Dar-me!
Mas ...a pele,
O sabor do fim presentia.

Meus olhos humedeceram as palavras,
Anforal de carinhos moribundos.
Destino.


Repete-se o canto;
Cala-se o vazio nos lábios,
Silencia o refrão nos ouvidos;
Eloquente!

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O único que pedia;
E queria ...
Eram mimos e abraços!

Montag, April 16, 2007

Tecendo saudades


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Entre teus dedos,
Ficou o fio de seda,
Dum Tempo por alinhavar.

Ficou presa, minha alma,
No bordado colorido,
Da teia dum único sentir.

Ficaram frestas, arestas,
confusas linhas tortas.
Descobertas.

Nas tuas mãos ...
A fragilidade do amor
E da nudez que me veste.
Confiança.


Tece!
Tece a distância,
Os intervalos descompassados,
Momentos, deixados ao acaso.
Prende os gestos,as caricias.





A voz muda ...
E as palavras em surdina.

Um dia! Um dia ...
Serão o que de mim te resta;
Lembrança!

Saudade desenhada
Numa manhã orvalhada.
Brilhando prata,
Na teia que inventaste!

Dienstag, April 10, 2007

Palavras presas








No mundo dos sem voz, estou eu!
Os que no escuro esboçam gestos;
Ternuras, carinhos ...
E abraçam vazios.


Nos lábios entreabertos,
Farfalham palavras proibidas;
amarradas, murmuram verbos acesos, suspensos
Numa loucura ébria,
Tingida de purpura intensa.


Abro a porta à noite,
Convido-a a entrar e sentar-se.
Conto-lhe segredos
E deixo-me afagar.

Anoitece-me o corpo no horizonte,descontente
Adormece a saudade, esvaída
Na ausência dum querer
Voa, alma minha, voa longe
Num sonho rubro de amor.


Na voz da bruma e silêncio;
Calo meu amor ...
Esmorece a carícia na penumbra
E, em lençóis de neblina aconchego teu nome.



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Antes de ser lume,
Chama ou lareira;
Afoga-se o fogo
num rio de sentir.
Antes ...antes de acontecer.

Mittwoch, April 04, 2007

Gotinhas de Quereres



Há dias assim:
De chuva molhando a alma,não precisamente de tristeza.
Aquela chuva miudinha e morna que aquece as faces.

Hoje é um dia desses, 'chuvoso'!
Nostalgico!

Passeiam-se pela mente momentos bonitos, de emoção imensa.
Outros menos bons, mas que contudo, tb deixaram marca.
E hoje sou o resultado de todos esses momentos.
Dos grandes, dos pequenos ...e dos detalhes que em mim cada um de vcs tatuaram.
Plantando um jardim de quereres maiores, semeando carinhos, afagos, abraços construindo a minha história.
Tão intensa como só pode ser o Amar àqueles que Amo, que gosto ...

E por este amor infinito, sinto que 'morro' tantas vezes num só dia.
A saudade a que distância me impõe;
O não estar a um curto espaço de um estender de braços;
E por vezes, (muitas) ...o dizer ou escrever (abraço-te), sabe a pouco!
Dói cá dentro.
Não chega!
Não acalenta, não aquece;
Não apazigua o sentir!
Nem atenua saudades.

Ao ler comentários deixados por alguns de vcs, confesso que uma lágrima assoma teimosa no canto do olho.
E dói esta ausência de estar.

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Sei que para alguns pareço distante, arrogante e até fria!
E com alguma razão, confesso.
Muitas das vezes, a maior parte, não sei expressar numa sala de chat, a intensidade do meu senti,r do meu querer.
Da ternura que me inspiram.

Não sabem, nem sentem que por inumeras vezes, chora a alma em frente, do outro lado.
Que o silêncio não é apenas silêncio calado.
Mas que sim que fala ...fala alto!

Falta-me os olhares, os gestos ...e um simples movimento de lábios.
Ali ... os sorrisos são todos iguais.
Os abraços têm a mesma cor.
Não há mergulhos num outro olhar ...
Não há janelas abertas, revelando gestos, sabores.
Adivinhando penas, ou gargalhadas.

Ali ...
Ganha amigos quem mais sorri;
Quem mais abraça;
Quem mais brinca!
Fica-se pelo superficial, pelas palavras banais, pelas conversas de ocasião.

Mas ali ..tb se Ama!
Sentem-se empatias que nos abraçam sem braços;
Sorrisos que nos coloram os dias cinzentos.
Palavras que nos aquecem como lareiras acesas.
E silêncios que nos aconchegam, dando colo.

Ali ...ali tb se sente;
Intensamente!

Montag, April 02, 2007

Simplesmente ...Tu!



Entre tu e eu ...
há distâncias,
Ausências.
Tormenta de sentires, paixões.
Empatias!

Meus olhos estendem-se
num gesto de mão aberta,
Minha boca ignora, disfarça;
Esta vontade que o corpo pede,
Implora ...
Enternece!

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Num emaranhado
de desejos, receios e toque
Espero tuas mãos,
teus lábios;
o beijo ensaiado.
Sublimado!

Neste vibrar do avesso,
Reinvento-me na crença d'um querer;
Na entrega inteira,
Eu em ti ..simplesmente!






Amando-te!

Sonntag, April 01, 2007

(A) Mar (Te)

Mansamente me encosto, enrosco
No teu peito me aconchego,
Me desperto, e entrego.

Sou rio ...fluindo
Em teu (a) mar.