Donnerstag, November 16, 2006

Abraços



É bom recordar ...

Durante alguns anos, vivi sem passado.
As recordações da infância ficaram algures, perdidas entre espessas brumas.
Mas ...pouco a pouco regressam, e é agradável recordar a meninice.

Embora não consiga recordar muito;
as imagens que se apresentam bailando na mente é como um reviver.
Um acordar de sensações e emoções.

O sangue flui mais rápido nas veias, e nos olhos ...
Nos olhos corre um mar de água doce.

Sinto o sorriso desenhando-se nos lábios ...
O cheiro da terra, das plantas ...
E a brisa, brincando com meus cabelos.

Ah como eu gostava de correr pelas planicies fora;
Braços abertos ...querendo abraçar o mundo.
Revejo todos aqueles lugares;
Sinto todos os sabores ...

Sinto até (como se possível fosse) ..o abraço do sol do Alentejo,
acariciando-me a pele.

Foi assim no post anterior ..recordar momentos queridos.










Hoje ...
Hoje por breves instantes, aconchegada entre acordes, palavras e musica;








...também recordei!

Outros momentos:
Bonitos, profundos ... únicos.
Noitadas de conversas e silêncios.
Emoções partilhadas como caricias.

Naquelas noites longas como o sãos as de inverno,
As palavras eram chamas alimentando a lareira da confiança.
Incondicional o carinho e a amizade que entreguei. Ingénua.

Adorei aquelas noitadas.

Ah!! Como é doce recordar ...
Aquece a alma.

Mittwoch, November 15, 2006

Tua Herança



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Descerias do céu, somente por um instante!?

Para beber um café com a minha saudade!?

Para continuarmos aquela conversa, incompleta;
Os abraços urgentes ... em suspenso.
Escutar as tuas gargalhadas sem razão aparente
E ver, teus olhos ... sorridentes!

Deixarias o céu ..por uns momentos?!
E novamente ...por segundos
à lareira ...todos juntos, fazermos uns joguitos;
À moedinha, à batota ...entre risos
Lembras?! (Como tu dizias)Ao "montanhito".

E para completar aquelas tardes de nunca acabar;
Contavas-me histórias de encantar.

Diz-me outra vez da herança que me deixaste.
Dos sonhos que em mim plantaste!

Ensina-me a viver sem ti,
Sem os eternos silencios.

Desce do céu por um curto segundo de tempo
E deixa-me repousar no teu colo,
Minha mão na tua.
Sentir o teu cheiro, a tua voz.
Tatuar na memória teu aconchego.

E ouvir-te (mais uma vez), num sussuro, jurar-me
Que a morte jamais será o fim!









Sonntag, November 05, 2006

coro de anjos



Quando a palavra caminha de mãos dadas com a força e a solidariedade ...

Torna-se profunda, como se coros de anjos orassem aos Deuses.

Assim foram, são, as palavras que acompanharam fotos da exposição dos "Mininos de Rua".


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Olhos de África


Na imensidão desses olhos de saudade,
há a distância que eu não sei onde termina,
uma beleza doce de um poente africano
um torpor que adormece o desengano
e o mar, suspenso numa esquina.

Toma, trago-te jasmins serenos dedilhados de alfazema
Uma ou duas açucenas entre brincos de princesa...
Não esqueci os carinhos, em botão
Nem as rosas descaradas, coloridas de açafrão

Ouve também as flautas que teci em volta delas,
os tambores são lá da selva
E a lua pedi emprestada,
Para fazer boa figura no concerto da alvorada...

Os sorrisos também vêem, coloridos de ametista
O beijo, dou-to no peito, coladinho ao coração
E hoje, vive de alma plena
Que o teu sonho há-de ser dia.
(do meu canto eu te abraço em dádiva de alegria)

Elisabete Simões



A exposição visitará algumas cidades ...informá-los-hei quando souber onde e quando.