Mittwoch, März 12, 2008

"Reflexos"







Estendem.se as horas numa languidez inquietante.
Adormecem os olhos, numa visão dupla. Afatigada.
Apercebo contornos ímpossiveis. Teurgícos!
Famintos de tudo e nada.

Não me pertencem estes gestos autónomos,
E as palavras, ouço-as, ciciadas ...distantes.
Como se de mim a cordura tivesse desertado,
Renunciando a entender, a ver.
A mais querer.

Na lonjura e em silêncio,
castigo-me e protejo.
Num absentismo morno, renascem energias
demulçam sentires.
À flor da pele, numa alvorada
Borbotam ninhos de poesia.


Mittwoch, März 05, 2008

"Desenlaces"



Morrem rasgadas todas as páginas.
Queimam-se as palavras antes de nascerem,
Em fogo no gelo que me abraça.
Voz em voo, espirais de silêncio!
Selando pactos entre espaços.
Nas entranhas dum lamento.
Te enlaço!

Avivam-se rituais, na madrugada porvir.
Hoje será noite sem fim.
Estrelas caídas num horizonte ignoto.
Alma desgarrada, insana e merma
Vem a mim!

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Clamo a fúria do Trovão,
A neve, o gelo,
E o frio do vento Norte!
Encadeados tormentos
Todos os Elementos!
Te embaço!


Segredos do Tempo, adjuro!!
Brumas, Arcano.
Cicatrizes de túmulo
Pedaços de gritos feridos,
deles, a ferro e fogo te revisto
Longe no Eterno.

Ceptro meu, outorga-me o Poder
Mãos de Luz, circulo Real,
Dom de Amor, peço que me concedas,
Protecção e abrigo!
E que minha vontade seja feita!

Eu Quero!
Assim Seja!
Assim Será!