Donnerstag, April 24, 2008

"Silhuetas na madrugada"






Creio sentir-te!
E sei que não voltas!
Ocultaste-te nas sombras, e na memória
Do meu ontem.
Persistes na insensatez dum hoje,
Na burla de dias incolores, cego de fé e acalantos,
Esquecimento de momentos mil.
Inverdades!

Bruxuleia uma chama acesa, e...
Acorrenta-me o pensamento encadeado,
Espelhado nas paredes da noite.
Sombreando o que somente,
Nas horas mortas me atrevo a fantasiar.

Fundo-me com o tempo.
No Tempo que enseja Primaveras
Nos olhos floridos de vidas.
Afagada pela brisa morna, e
Nos braços cúmplices dum sonho ameno.
Adormeço.

Errático, no horizonte macilento,
Entrevejo-te.
E na certeza que amanhã, não virás.
Entrelaço letras,
Teço palavras, urdo poemas,
Adorno-os de esperanças e brilhos.
Que até ti chegarão, um dia,
Num suspiro sussurrado,
Numa canção, oração ou num fado!

Dienstag, April 08, 2008

“Ninando saudades”


Molda-se teu odor
Na pele da minha saudade.
E na memória ...
Tua voz acurta a espera
Que habita nos espaços duma ausência.

Vem … Vagaroso.
Entra pausado e ternurento,
No colorido do meu corpo.
Deixa ondas sobre a lua
E paisagens perfumadas
No meu mar.

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Espraia o verde,
Nas brancas e nostalgicas serranias.

Longe, longe ...
Renasce a antemanhã ...
Ínclita!
E que dure no cair duma eternidade
Enquanto o sol se apaga,
Embalado num céu anil.

Além ... Noutros mundos
No horizonte índigo da alma.