
Chegam-me os dias como vésperas do ontem.
Quando te estendia as mãos,
como barco perdido em alto-mar,
Buscando uma torre,
Um farol!
Uma luz-guia no teu olhar!
Secretas eram as portas, abertas ao teu encontro!
E o tempo pleno de magia, passou!
Secaram as palavras.
Despidas de ternura e melodias.
Hoje sou toda eu, Alma calada.
Numa vida que não é minha.
Num mundo desconhecido.
Casa visitada por silêncios,
Paredes caídas.
Destroços espalhados,
entre ervas daninhas e serpentes.
Recolho-me na mudez.
E guardo a custo todas as loucuras que não vivi,
E os verbos costuro-os a linha grossa,
Na assimetria da dor que me dói.
Nua!