Se o sol te perguntar por mim;
Diz-lhe que fui com o vento,
Que me perdi entre as folhas.
Que procuro o rumo, o prumo,
O Céu!
Não sei até onde me levará este voo-gaivota,
Se por tuas praias, ou se, num chão-mar de solidão.
E o que sinto é imenso, grande ...
De tão intenso que dói lento, grave!
E mesmo que fosse agudo, seria surdescente.
Corroendo-me os olhos,
sufocando meus lábios.
Este sentir, tem nome, amor ...
E um gosto amargo a nada em cada suspiro.
Encerrando-me em pele de outono,
Esperando a primavera de ti!