Na noite desassossegada, onde a espera se torna ausência.
E a ausência embolorece no disfarce das horas tardias.
Abúlica, sou lava morna brotando no silêncio.
No declínio do tempo e no negrume,
Por uma trepidez assalteada,
Escuta-se, na noite demorada, agitada, choro de mulher.
Inerme, assustada, no presságio cortante.
Freme!
Ao relento, o que sou, Alma, em esteira de lisura, estendo.
Para que nela a dor descanse, sem medida ou julgamento.
Sem azáfama, na Paz, o ser, das injúrias, lave e sane.
Das lágrimas e feridas, sudário repartido, farei um altar.
De tudo o que sou, fui e dei.
Ao vento que murmura às madrugadas, carpirei.
Nas gotas de orvalho, do avesso, renascerei.
E um dia ...um dia.
Dos sem alma aprenderei!