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Prostam-se na janela, silenciosas, minhas esperas.
Tecem fios esperançados de mil Primaveras.
Mimetizando lembranças que envelhecem à distância
E quase sempre, adormece-me a pele ...
Lacrimejante, na noite velha.
E não se cansa esta saudade,
Assim, mansamente de mais querer-te ...
E, chover-me em caricias no mar do teu olhar.
Outrora ...saciei minha sede de poesia.
Mergulhei-me palavra no céu da tua boca.
E incandescente de dizeres,
Tatuei-me verbo nos teus lábios.
Calaram-se as falas que me habitam,
Os beijos e os desejos.
Remansos, todos os sentires,
Descansam-se sobre o meu peito.
Na ausência dos teus dedos,
Vazias, permanecem minhas linhas.
Letras tortas, perdidas. Por dedilhar.
Reinventa-me memória.
E inteira, toma-me.
No abraço do teu sono,
Nos teus poros, diluo-me.
Sou parte de ti.
( Boa Páscoa a todos)*
Na noite desassossegada, onde a espera se torna ausência.
E a ausência embolorece no disfarce das horas tardias.
Abúlica, sou lava morna brotando no silêncio.
No declínio do tempo e no negrume,
Por uma trepidez assalteada,
Escuta-se, na noite demorada, agitada, choro de mulher.
Inerme, assustada, no presságio cortante.
Freme!
Ao relento, o que sou, Alma, em esteira de lisura, estendo.
Para que nela a dor descanse, sem medida ou julgamento.
Sem azáfama, na Paz, o ser, das injúrias, lave e sane.
Das lágrimas e feridas, sudário repartido, farei um altar.
De tudo o que sou, fui e dei.
Ao vento que murmura às madrugadas, carpirei.
Nas gotas de orvalho, do avesso, renascerei.
E um dia ...um dia.
Dos sem alma aprenderei!