No peito em desabrigo,
Anunciam-se vendavais de saudades.
De fragilidades armadilhadas de essências de Tempos idos.
E não há como escapar ou sobreviver-lhes ...
Chovem nos olhos nus.
Rugem na memória como cães esfomeados e sem dono.
Restam-me as palavras escritas, as murmuradas,
As não ditas, as sonhadas.
As que guardo sigilosamente, ninando-as docemente.
Entre teus fantasmas e os meus sonhos,
Há oceanos de melancolia e silêncio.
E entre a minha e a tua boca ... na demora,
Gasta-se-nos a vida inteira!