Sonntag, Februar 07, 2010

"Quase nós"



Acontece que ...quando menos espero,
Penso-te!
E lembrar-te é recordar ...
E é voltar adentro, ao que há de mais meu em mim.
Esta quase vontade louca, de abrir asas
Eu gaivota, mergulhar-me em céus de ir e voltar..
Metamorfosear-me lua-mulher, em todas as fases.
E engravidar-me de palavras e música.
Dos pedaços revestidos de mentiras, ser inteira.
E metade, quando nos olhos, me chove a saudade.


E depois ... quase te esqueço.
E quase me perco em passos cansados,
Por caminhos sem retorno.
Sou quase completamente triste,
Quase outra.
Quase vazia!

E quando ao lusco-fusco o dia envelhece
Traja-se a noite de um arrebol afogueado
Nessas horas mortas, adorna-se a solidão.
E na imensidade brumosa, pela tua ausência,
Lamentam-se as estrelas.

Quando tu, a meio da noite, quase sonho
Num silêncio cheio de pontas,
És suspiro, gole de ar, quase nome.
Adormeço em cobertas de vontades
Num abraço quase nosso.


Donnerstag, Juli 02, 2009

Sonntag, April 05, 2009

“... na ponta dos dedos”






Prostam-se na janela, silenciosas, minhas esperas.
Tecem fios esperançados de mil Primaveras.
Mimetizando lembranças que envelhecem à distância
E quase sempre, adormece-me a pele ...
Lacrimejante, na noite velha.

E não se cansa esta saudade,
Assim, mansamente de mais querer-te ...
E, chover-me em caricias no mar do teu olhar.




Outrora ...saciei minha sede de poesia.
Mergulhei-me palavra no céu da tua boca.
E incandescente de dizeres,
Tatuei-me verbo nos teus lábios.

Calaram-se as falas que me habitam,
Os beijos e os desejos.
Remansos, todos os sentires,
Descansam-se sobre o meu peito.

Na ausência dos teus dedos,
Vazias, permanecem minhas linhas.
Letras tortas, perdidas. Por dedilhar.


Reinventa-me memória.
E inteira, toma-me.
No abraço do teu sono,
Nos teus poros, diluo-me.
Sou parte de ti.



( Boa Páscoa a todos)*





Sonntag, Februar 08, 2009

“Inumação dum Credo”





Na noite desassossegada, onde a espera se torna ausência.
E a ausência embolorece no disfarce das horas tardias.
Abúlica, sou lava morna brotando no silêncio.

No declínio do tempo e no negrume,
Por uma trepidez assalteada,
Escuta-se, na noite demorada, agitada, choro de mulher.
Inerme, assustada, no presságio cortante.
Freme!


Ao relento, o que sou, Alma, em esteira de lisura, estendo.
Para que nela a dor descanse, sem medida ou julgamento.

Sem azáfama, na Paz, o ser, das injúrias, lave e sane.


Das lágrimas e feridas, sudário repartido, farei um altar.
De tudo o que sou, fui e dei.
Ao vento que murmura às madrugadas, carpirei.
Nas gotas de orvalho, do avesso, renascerei.

E um dia ...um dia.
Dos sem alma aprenderei!



Montag, November 10, 2008

“Filosofices Utópicas”



Entre o sono e o sonho,
invadem-me momentos de profunda filosofice.
Debato-me em aletologias, muito minhas,
entre mim, a almofada e a lua.
Quando o corpo rendido esquece a mente, deixa a alma livre, e ela,
adeja-se, sem pudor ou rubor, na noite que não envelhece.
E nesse ápice de tempo, intenso ...
Adentro doutrinas e sabedorias porvir.
E Creio!



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Creio nas ensinanças doutrora.
As que sempre me acompanharam e ajudaram a crescer.
Creio no Respeito pelas entidades representativas da sociedade.
Pais.
Idosos.
Professores.
Religiosos.

Que nos aconteceu?!
Para onde caminhamos a passos largos!?
Que buscamos nesta pressa de viver?

Sinto uma imensa tristeza, nestes dias que correm...
Este degrado espiritual da nossa raça, revolta-me.

Professores são maltratados e desrespeitados nas aulas.
Idosos abandonados a si mesmos.
Despojados de dignidade e afectos.
E os corruptos pavoneam-se com seu poder, como especimens exemplares.
Pedofilos, “passam” férias em celas de luxo.

Carros valem mais que abraços.
Vale mais Parecer e Ter ...que Ser!

Quero a Honestidade como motivo de orgulho!
Quero Respeito e Solidariedade!
Quero que ao dizer-se:
“Palavra de Honra”
Seja sinónimo de juramento!
Indigno-me perante a corrupção e a falsidade.

Construamos um mundo melhor.
Mais justo!
Mais limpo!
Mais humano!
Onde as leis se respeitem e sejam iguais para todos.





Utopia?
Não!
Filosofava com a almofada ...

Samstag, Oktober 18, 2008

Esboçando saudades ...






Adormeci tantas vezes na varanda dos teus braços.
Rendida ao sonho profundo duma saudade bonita.

Os desejos, acendem fogueiras na pele,
Vazam lembranças nas pontas dos dedos.
E as mãos ...


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As mãos insistem em delinear repetidas caricias na noite desperta.
Sussurando histórias da memória alforriada.

O Tempo é de abandonos!
De Quereres!
De plantar Amor nas leiras do quintal
Colher afagos mornos aos molhos.
Na colheita de caricias, Luz e Sol
Abrir as cancelas para a eternidade entrar.







Dienstag, Oktober 07, 2008

Entardecer ...



Um final de tarde diferente dos normais.
Leve crepitar da lareira acesa.
Velas adornando o entardecer.
E os sentidos ... despertos à magia.
Um convite ao aconchego.
Anoiteço-Me em braços aguitarrados.
Sonhando-Te!